terça-feira, 9 de outubro de 2012

Porquinho-da-Índia, Manuel Bandeira




Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...

- O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.


Manuel Bandeira

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, (Recife, 19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
Morou no Rio de Janeiro e São Paulo. Iniciou o curso de Arquitetura e o abandonou por causa da tuberculose. Não chegou a participar da Semana de 22. Entrou para Academia Brasileira de Letras em 1940. Poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Nelson Rodrigues, Carlos Pena Filho e José Condé, representa a produção literária do Estado de Pernambuco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Printfriendly