quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Da Espera, Alcides Werk


Fotografia: Pantanal - Antonio A. B. Boaretto




"Direi aos pássaros que esperem,
enquanto perdurar a ronda dos morcegos.

Mas, quando se avizinhar a madrugada,
exigirei
que todas as canções tecidas no silêncio
deixem o verde tímido dos bosques
e povoem de som as avenidas
para que os homens se alegrem
e conheçam que o mundo é bom."

Alcides Werk 


Alcides Werk Gomes de Matos nasceu em Aquidauana, Mato Grosso, no dia 20 de dezembro de 1934. É poeta de identidade amazônica, forjada no convívio com o modo de vida interiorano, resultado de suas aventuras pelos altos rios, pelos paranás, pelos lagos distantes, abeberando-se da cultura aborígine. Sua estréia aconteceu em 1974, com a publicação do livro de poemasDa noite do rio. Outras obras poéticas: Trilha dágua(Manaus, 1985), Poemas da água e da terra, edição bilíngüe (Manaus, 1987), In natura: poemas para a juventude (Manaus, 1999), Cantos ribeirinhos e outros poemas (Manaus, 2002) e A Amazônia de Alcides Werk(Manaus, 2004). O poeta faleceu em Manaus, no dia 13 de novembro de 2003.
Foi um dos mais legítimos representantes, no Amazonas, da poesia a serviço da ecologia. Humanista, seus poemas em linguagem singela e agradável, em estilo simples e vibrante, acessível a tantos quantos entendem e o aplaudem, pela sua posição de defensor intransigente da Amazônia – da flora e da fauna -, contra a exploração abrupta de nossas riquezas naturais, com grandes prejuízos ao meio ambiente, que cantou e defendeu com o brilhantismo de sua verve poética, para denunciar os crimes ecológicos e ambientais que se praticam diariamente em nossa terra. É autor de muitos e variados poemas, enfeixados em livros, alguns esgotados, e ainda outros em “Posters”, que são publicados anualmente por ocasião da Semana Nacional do Meio Ambiente.

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