domingo, 25 de janeiro de 2009

Índia


Uma viagem que faz parte do sonho e do imaginário de muitas pessoas. Esta é a Índia, que está em alta com a nova novela que começa esta semana na televisão e deixa muitas pessoas imaginando em um dia visitar um dos principais países asiáticos. A primeira coisa que vem à cabeça é um país exótico, diferente do que estamos habituados. Um destino que reúne cultura milenar, religião, gastronomia, compras e paisagens belíssimas.

É um destino para todas as pessoas, independente da idade ou sexo. Para quem busca autoconhecimento, a Índia oferece práticas de yoga, clínicas de medicina ayurveda (medicina milenar muito praticada pelos indianos), meditação, além dos inúmeros locais históricos. Um lugar com grandes contrastes, onde beleza e pobreza convivem numa sociedade tão peculiar que é impossível a comparação com o mundo ocidental.
Considerado o segundo país mais populoso do mundo, com uma população que supera o 1 bilhão de habitantes, a Índia é também bem povoado, pois apresenta uma população de 250 habitantes por km2.

Porém sua distribuição demográfica é irregular e seu rápido crescimento demográfico tem acentuado essa irregularidade. Outra característica da Índia é seu problema linguístico. A língua mais falada é o hindu, usada por 37% da população, mas há outras 16 línguas oficiais, além de cerca de 1.630 dialetos em uso.

O relevo da Índia pode ser dividido em três. Ao norte encontra-se a Cordilheira do Himalaia, com cerca de 40 montanhas com mais de 7.500 metros de altitude; por isso, é conhecida como o "teto do mundo". Aos pés do Himalaia estende-se a planície Indo-gangética, de formação sedimentar recente, com solos férteis. Mais ao sul, ocupando metade da Índia, localiza-se o planalto do Decã, de formação antiga e cristalina, responsável por fartos recursos minerais, como ferro e manganês. Na parte ocidental, esse planalto tem escarpas mais elevadas, chamadas de Gates, onde nascem vários rios que correm para o Oriente.

Programe a viagem para os meses de outubro a março. Essa é a melhor época para ir ao país. O clima é agradável e, nesses meses, não há as chuvas constantes e torrenciais. Para circular dentro da Índia, prefira o trem. Além de fazer conexões por todo o país, as viagens ferroviárias são mais divertidas, constantes, custam menos que as de avião e são mais confortáveis que as de ônibus. As estações ferroviárias das principais cidades vendem o passe de um dia para leito na segunda classe por um preço bem acessível. Essa é a opção mais usada pelos turistas.

Na primeira classe, que tem cabines duplas ou para quatro pessoas, o passe custa praticamente o dobro, as camas são tão confortáveis quanto as da segunda classe, porém a cabine oferece mais privacidade, e o banheiro costuma ser mais limpo, por atender menos pessoas no vagão.

Costumes
Quem visita a Índia deve se preocupar com a postura na rua. A cabeça é a parte mais sagrada do corpo e os pés a mais profana, portanto, é considerado altamente desrespeitoso tocar a cabeça das pessoas ou apontar para os pés para elas. Quando sentar, coloque os pés para trás ou sente na posição de lótus. O contato físico entre homens e mulheres não é bem visto, portanto, qualquer tipo de carinho entre os casais deve ser feito privadamente, e o cumprimento mais aceito é o Namaskar ou Namastê, realizado com as mãos juntas na altura do queixo, principalmente entre homens e mulheres. Nas ruas perguntas como "quantos filhos você tem?" ou "quanto você ganha?" são feitas de modo natural e direto pelos indianos.

O vestuário é um item que demanda muita atenção. Homens e mulheres devem se vestir de modo conservador, de preferência, com roupas que cubram os joelhos e os ombros. No litoral o vestuário é mais despojado devido ao clima, pode-se até usar shorts. No entanto, a peça deve ficar restrita a essas áreas, pois usá-las em outros lugares é considerado o mesmo que sair por aí usando apenas suas roupas de baixo.

Ao visitar lugares de adoração religiosa é necessário sempre pedir permissão antes de entrar. Muitos templos hindus restringem a entrada de não-hindus e algumas mesquitasta se tornam inacessíveis em épocas de rituais especiais. Também é preciso pedir permissão para fotografar e filmar. É inapropriado fotografar mulheres muçulmanas, algumas cerimônias religiosas, pessoas enquanto estão comendo ou se banhando em público.

Conjunto de Templos de Khajuraho

Khajuraho é hoje um dos mais populares destinos turísticos na Índia, provavelmente pela presença do maior grupo de templos hindus medievais, famosos pelas suas esculturas eróticas, onde serviu de capital religiosa à dinastia Hindu Rajput, que controlou esta parte da Índia entre o século 10 e o século 12 os quais seriam seguidores do culto tântrico.

O conjunto de templos foi construído ao longo de cem anos, desde o ano 950 até ao ano 1050, dotado de uma área central protegida por uma muralha com oito portões, cada um dos quais com duas palmeiras de ouro. Na época áurea da cidade, contavam-se mais de 80 templos hindus, dos quais apenas 22 se encontram em estado razoável de conservação, espalhados numa área de cerca de 21 km².

O conjunto de monumentos foi classificado pela Unesco como Patrimônio Mundial. Os templos de Khajuraho, construídos através de superestruturas em espiral, enquadram-se no estilo Shikhara dos templos do norte da Índia e por vezes à planta ou esquema Panchayatana.




Na capital da Índia o turista pode ir a Kendra, um espaço de ayurveda (uma medicina indiana milenar), e fazer uma massagem com cerca 45 minutos, pelo custo de US$ 18 por pessoa. A maioria dos hotéis oferece spas onde é possível desfrutar desta delícia indiana, porém em Delhi costuma ser mais caro do que em outros lugares do país. Ao sul, a massagem é bem mais barata, diversificada e especializada.

Para quem busca gastronomia, pode se deliciar com a comida indiana e seus temperos incríveis, conhecidos no mundo todo. Opções não faltam, mas o Hotel Imperial é um dos mais conhecidos e recomendados. O restaurante tem diversos estilos asiáticos e demorou mais de sete anos para ser construído. A experiência custa em média US$ 20. Em Connaught Place, no centro, a dica é o Gaylord, onde um jantar para dois sai em média por US$ 25. Já o Bukhara é considerado um dos melhores restaurantes da Índia e fica no Sheraton Hotel. Contudo, não se esqueça que os indianos adoram uma comida bem condimentada, com bastante tempero, principalmente, o gengibre e a pimenta, que podem ser fortes para o gosto dos ocidentais.

A gastronomia é muito diversificada e cada região mantém os seus costumes. Ao sul a comida é mais picante e predominantemente vegetariana, enquanto o a alimentação do norte é rica em carnes, sempre de carneiro, frango ou porco.

Uma refeição básica indiana leva arroz, dhal (uma espécie de creme de grão-de-bico), legumes e pães sem fermento. Mas existem pratos que o turista não pode deixar de experimentar, como o "Rogan Josh" é um ensopado de carneiro muito apimentado, preparado com cebolas e tomates, e o "Palak Paneer", feito de queijo cottage cozido com espinafre e especiarias.


Compras

Os tecidos e estampas indianos são mundialmente apreciados por sua qualidade e beleza, a indústria têxtil sempre foi uma das principais atividades na região, e os tecidos são excelentes e baratos, proporcionando a alegria dos visitantes. A seda ganha destaque. Os saris de Varnasi são muito apreciados, assim como echarpes, toalhas de mesa e os enfeites de parede.

Já as joias da Índia são conhecidas pelo seu design exótico e bem trabalhado. A variedade encontrada no país é imensa e os desenhos são os mais diversificados possíveis. Ouro e prata são vendidos pelo peso, com uma pequena quantia sendo adicionada pelo trabalho do ourives, mesmo assim, podem ser adquiridos por ótimos valores. Também há uma imensa quantidade de pedras preciosas como safiras, pedras-de-lua e águas-marinhas que podem ser adquiridas à parte.

As esculturas feitas de madeira de sândalo também são muito apreciadas, pois possuem uma cor diferenciada e exalam um agradável perfume.

Uma dica para a hora de ir às compras, é o momento de praticar a arte da barganha com os indianos, sem esquecer de ser paciente e educado. Primeiramente, nunca se pode demonstrar o interesse em uma mercadoria, se isso acontecer o vendedor pode aumentar o preço em até 50%. Se o turista gostar de algo e julgar o produto muito caro, vale ir embora da loja e voltar mais tarde para pedir um desconto melhor, a tática costuma funcionar.







A atração turística mais visitada da Índia, o Taj Mahal, é um mausoléu situado em Agra. Encontra-se classificado pela Unesco como Património da Humanidade. Foi recentemente anunciado como uma das novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno em 2007.

A obra foi feita entre 1630 e 1652 com a força de cerca de 22 mil homens, trazidos de várias cidades do Oriente, para trabalhar no suntuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A joia do palácio"). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, sendo o Taj Mahal construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna.

Assim, o Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo. É incrustado com pedras semipreciosas, tais como o lápis-lazúli entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro.
O principal material empregado para a construção é o mármore branco trazido em carros puxados por bois, búfalos, elefantes e camelos desde as pedreiras de Makrana, no Rajastão, situadas a mais de 300 km de distância.

O segundo material mais utilizado é a pedra arenisca rochosa, empregada na construção da maioria dos palácios e fortes muçulmanos anteriores à era de Shah Jahan. Este material foi utilizado em combinação com o mármore negro, nas muralhas, no acesso principal e na mesquita.

Estima-se que o Taj Mahal custou cerca de 50 milhões de rupias. Naquele tempo, um grama de ouro valia aproximadamente 1,40 rupias, de modo que segundo a valorização atual, a soma poderia significar mais de 500 milhões de dólares.


Fonte: Jornal da Orla (Santos - SP)

http://www.jornaldaorla.com.br/noticias_integra.asp?cd_noticia=2998

Yoga, ponto de equilíbrio




Método holístico que se originou na Índia há mais de 5 mil anos, o yoga continua mais atual do que nunca, principalmente em um tempo em que as pessoas sentem-se angustiadas pela falta de propósitos reais de vida, por não conhecerem a sua própria natureza, e sofrem por falsas necessidades criadas pelo consumismo.
A questão é que muitos ainda procuram o yoga como indicação para algum problema de postura e, embora saibam que a prática traz benefícios para o corpo e a mente, desconhecem como isso realmente funciona.
Literalmente, Yoga significa união, pois ele une e integra o corpo, a mente e as emoções. A técnica, garantem os praticantes, ao mesmo tempo que promove o fortalecimento do corpo e desenvolve a flexibilidade, induz à tranquilidade mental, concentração, relaxamento, clareza de pensamento e percepção interior. "É um método que tenta fazer você reencontrar a sua própria natureza", diz a professora Araci Negreiros Araújo, da escola de yoga Shantiniketan.

Para ela, graduada em filosofia pela UniSantos e pós-graduada em Yoga pela FMU, de São Paulo, o grande problema hoje da humanidade é que nós funcionamos através de hábitos. "O comportamento automático cria necessidades falsas e a gente se desgasta pelo que não nos preenche completamente; este vazio é que vai gerando doenças. O vazio não dá estrutura para você continuar e aí surge a solidão, a angústia, que são o grande mal do homem moderno".

Agir pelos hábitos não permite a novidade e a descoberta de si próprio. "A pessoa vive na cadência entre o passado e a ansiedade pelo futuro, o presente que traz a abertura do novo deixa de existir", lembra a professora. "No fundo, a busca do homem é pela felicidade, mas se ele procurar no exterior se fragmenta".

As ações físicas e psíquicas
A professora explica que o yoga funciona em oito passos, tanto no campo físico e psíquico como ético e religioso (no sentido de respeito à vida, não a crenças). "Ao restaurar o equilíbrio, o yoga recupera uma instância que já existe dentro de você, mas que normalmente não é usada, que é a sua capacidade de avaliar, interpretar corretamente e de escolher, o que é sentido através da autoestima. A auto-estima promove a autoconfiança, o que não significa que você está sempre certo, mas que continua gostando de si, mesmo através de seus erros. Os deuses hindus são as representações destas forças que estão em nós".

Araci Negreiros conta que quem adota a prática do yoga em seu cotidiano aprende a não se olhar mais através dos hábitos, experimentando tranquilidade e discernimento. "Quem age pelos hábitos está sempre perseguindo a perfeição. Mas se você age com autoestima e confiança suas ações estão livres dos efeitos, errando ou acertando continua lúcido na sua experiência de vida, vai desenvolvendo persistência, observação e equilíbrio".

A busca do equilíbrio começa no corpo, posicionando-o em diferentes posturas, tornando-o mais relaxado, livrando-o de todas as toxinas acumuladas, ajudando indiretamente ao maior equilíbrio da mente.


Os efeitos benéficos

O yoga atua em todos os níveis do nosso ser - físico, mental e emocional - e são muitos os benefícios apontados na prática do yoga: desenvolve o tônus muscular, alonga a muscualatura, amplia a capacidade pulmonar, fortalece o sistema cardiovascular, reduz o estresse, aperfeiçoa a postura, aumenta a resistência física, o equilíbrio e a consciência corporal.

Além disso, equilibra o sistema endócrino e promove uma circulação sanguinea mais harmoniosa através dos alongamentos. Esses efeitos dependem da regularidade com que se pratica. Araci Negreiros recomenda pelo menos duas aulas semanais. Os exercícios, explica a professora, são simples e respeitam o ritmo de cada um.

Os oitos passos
Asanas - São as posturas, basicamente alongamentos, que fortalecem e aumentam a agilidade do corpo, ajudando a prevenir doenças, principalmente as psicossomáticas. O alongamento mexe também com o psíquico, pois ao alongar temos consciência do nosso estado de automatismo. Os exercícios são feitos respeitando o alinhamento das cadeias musculares e com total consciência do corpo. É um exercício de controle, que leva o praticante a olhar para sua própria natureza em busca do ponto de equilíbrio, para conseguir um alongamento eficiente e, ao mesmo tempo, sem fazer força.

Pranayamas - São as práticas respiratórias, que coordenam o sistema respiratório com o corpo físico, relaxando os músculos e disciplinando a mente.

Pratyahara - A definição é de Araci Negreiros: "é o estado que permite perceber que estou no mundo, mas o mundo não está em mim, ditando como é que tenho que ser".

Yamas (restrições) e Nyamas (observações) - São práticas de observações e restrições de sua convivência com as pessoas dentro do ambiente social. O propósito é procurar a raiz do teu comportamento, do impulso, que comprometem as relações humanas.

Drarana - Práticas de atenção, para dar tônus à mente, exercitar a atenção em um foco e se distraindo menos.

Dhyana - Exercício de contemplação, levando você a permanecer em um foco.

Samadhy - É a prática da meditação, possível para quem já adquiriu consistência mental que garanta a permanência em um estado de consciência sem mudança. Meditar é ficar quieto e observar a si mesmo, abrindo a possibilidade de se conhecer profundamente e entrar em contato com a consciência pura. É considerado o último passo do yoga.
Para os iniciantes, as aulas concentram-se nos dois primeiros passos, focando na flexibilidade e na redução de tensões, a partir da melhora da postura e da reeducação dos músculos envolvidos na respiração, o que amplia a absorção do oxigênio.
Fonte: Jornal da Orla (Santos - SP)

http://www.jornaldaorla.com.br/noticias_integra.asp?cd_noticia=3024

Dádiva de Viver





Por vezes, você caminha pela vida
com o olhar voltado para o chão,
pensamento em desalinho,
como quem perdeu o contato
com sua origem divina.
Olha, mas não vê...
Escuta, mas não ouve.
Toca, mas não sente...




Perdido na névoa densa que envolve os próprios passos,
não percebe que o dia o saúda
e convida a seguir com alegria, com disposição,
com olhar voltado para o horizonte infinito,
que lhe acena com o perfume da esperança.
Considere que seu caminhar não é solitário
e suas dores e angústias não passam despercebidas
diante dos olhos atentos do Criador,
que lhe concede a dádiva de viver.




Sua vida na terra tem um propósito único,
um plano de felicidade
elaborado especialmente para você.
Por isso, não deixe que as nuvens das ilusões
e de revoltas infundadas contra as leis da vida,
tornem seu caminhar denso
e lhe toldem a visão
do que é belo e nobre.




Siga adiante refletindo
na oportunidade milagrosa
que é o seu viver.
Inspire profundamente
e medite na alegria de estar vivo,
coração pulsante, sangue correndo pelas veias,
e você, vivo, atuante,
compartilhando deste momento do mundo, único, exclusivo.
E você faz parte dele.




Sinta quão delicioso é o aroma do amanhecer,
o cheiro da grama, da terra após a chuva,
do calor do sol sobre a sua cabeça,
ou da chuva a rolar sobre sua face.
Sinta o imenso prazer de estar vivo, de respirar.
Respire forte e intensamente,
oxigenando as idéias, o corpo, a alma.
Sinta o gosto pela vida.




Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas
que dão sentido à vida.
Aquela flor miúda que,
em meio à urze, sobrevive linda, perfumosa,
a brilhar como se fosse grande.
Sinta-se vivo
ao apreciar o vôo da borboleta
ou do pássaro à sua frente.




Escute os barulhos da natureza,
a água a escorrer no riacho,
ou simplesmente aprecie o céu,
com suas nuvens a formar desenhos engraçados
fazendo-se e desfazendo-se sobre seus olhos.
Quão maravilhosa é a vida!




Mas, se o céu estiver escuro
e você não puder olhá-lo,
detenha-se no micro universo, olhe o chão.
Quanta vida há no chão...
Minúsculos seres caminhando na terra, na grama...
A formiga na sua luta diária pela sobrevivência...
A aranha, a tecer sua teia caprichosamente,
e tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar,
para fazer você sentir-se vivo.




Observar a natureza é pequeno exercício diário
que fará você relaxar,
esquecer por instantes as provas,
ora rudes, ora amenas, que a vida nos impõe.
Somos caminhantes da estrada da vida,
somando, a cada dia, virtudes
às nossas caminhadas ainda medíocres,
mas que se tornarão luminosas e brilhantes.




Aprenda a dar valor à dádiva de viver.
Isso fará o seu dia se tornar mais leve
e, em silêncio, sem palavras, sem pensamentos de revolta,
você terá tido um momento de louvor a Deus.
Aprenda a silenciar o íntimo agitado
e a beneficiar-se das belezas do mundo
que Deus lhe oferece.
Aprenda a dar graças pela dádiva da vida.

(colaboração de Elisabeth Nunes)

Serenidade e Equilíbrio




Como manter a serenidade e o equilíbrio,
independentemente do vento
que esteja soprando no momento.
Como avaliar com profundidade
as circunstâncias da vida
para tirarmos delas o máximo de benefício.

SOBRE O CORPO
Não peça
que todas as doenças sejam eliminadas,
pois, quando o corpo
está a salvo de todas as doenças,
a cobiça logo surge.
Quando a cobiça aparece,
os preceitos são quebrados
e o progresso se transforma em retrocesso.

SOBRE A GESTÃO
DOS ASSUNTOS TERRENOS
Não peça que todas as tarefas sejam fáceis,
pois, quando tudo é muito fácil,
o orgulho logo brota na mente.
Quando o orgulho surge,
a petulância e a mentira aparecem.

SOBRE O PENSAMENTO
Não peça que o raciocínio
seja sempre desimpedido,
pois, quando o pensamento
não encontra obstáculos,
rapidamente se torna febril e irregular.
Quando o pensar assume essas qualidades,
surge a ilusão e passamos a acreditar
que o falso é verdadeiro
e o verdadeiro, falso.

SOBRE A PRÁTICA DA FÉ
Não peça que não haja provações,
pois, quando alguém não é testado,
seus votos não se fortalecem.
Quando os votos não são firmes,
podemos facilmente ser levados
a acreditar que foi alcançado
o que ainda não alcançamos.

SOBRE O PLANEJAMENTO
Não peça que planejar seja sempre simples,
pois, quando tal acontece,
a vontade torna-se fraca e ineficaz.
Quando a vontade da pessoa
é fraca e ineficaz,
ela pode se convencer
de que tem menos capacidade
do que realmente tem.

SOBRE AS AMIZADES
Não peça que tudo
seja sempre feito à sua maneira,
pois, quando esse é o caso,
logo perdemos a noção
do que é certo e errado.
Quando essa noção é perdida,
tendemos a acusar os outros
por qualquer coisa que vá mal.

SOBRE AS PESSOAS
Não peça que os outros
sempre acatem sua liderança,
pois, quando isso acontece,
a arrogância logo desponta.
Quando alguém se torna arrogante,
passa a destruir-se
para satisfazer o seu ego.

SOBRE A MORALIDADE
Não peça para ser recompensado
por seu comportamento moral,
pois, quando isso acontece,
tornamo-nos logo calculistas
em relação a tudo o que fazemos.
Quando alguém se torna calculista,
começa a ansiar
por fama e boa reputação.

SOBRE OS LUCROS
Não peça por sempre
obter parte dos lucros,
pois, quando isso acontece,
logo surgem a preguiça e a morosidade.
Quando alguém se torna
preguiçoso e lerdo,
logo se prejudica.

SOBRE AS FALSAS ACUSAÇÕES
Não tente se justificar ou explicar,
pois isso apenas fortalece a ilusão
da individualidade isolada.
Quando surge a ilusão
da individualidade isolada,
pensamentos de ira e vingança
não demoram a se apresentar.

Aprendendo a pensar desta forma,
será muito mais fácil conseguirmos
nos concentrar no que estamos fazendo,
e não no que iremos ganhar com isso.
O valor da vida atual, e de todas as futuras,
é determinado por aquilo que estamos fazendo agora
e não pelo que estamos ganhando agora.
Tudo o que nos acontece deve ser visto
como uma oportunidade para o crescimento.

(colaboração de Elisabeth Nunes)

Ano Novo, vida nova




Ano Novo, vida nova.

Tempo de avaliar o que passou,
para repetir os acertos e corrigir as falhas,
para perdoar e esquecer as mágoas.



É hora de recomeçar.

Tantas coisas aconteceram e,
no meio da pressa,
parece que nunca temos tempo para realizar nossos sonhos e projetos.



Mais um ano se passou.
Foi tudo tão rápido.



Você olha para trás e vê
sucessos e decepções,
tristezas e alegrias,
fantasias e realidades.



O peso do ano velho ainda está em seus ombros, em sua vida, em seu coração.
É tempo de parar.




Decrete alguns dias de paz.

Dê férias ao coração.




Aceite meia hora de silêncio.

Contemple uma flor.




Deixe que sua
voz interior grite.



Nosso complexo de onipotência cria a ilusão de que podemos funcionar sempre, sem descanso.
O resultado é trágico: estresse, o mal do século.



Pare um minuto.
Reze.



Olhe para o Universo e veja o que existe de bom.
Exercite-se na arte de ser feliz.



Confraternize
com todas as pessoas de todo o mundo.

Texto do Pe. Joãozinho - S.C.

(colaboração de Elisabeth Nunes)

Amizades são feitas de pedacinhos




Pedacinhos de tempo que vivemos com cada pessoa. Não importa a quantidade de tempo que passamos com cada amigo, mas a qualidade do tempo que vivemos com cada pessoa. Cinco minutos podem ter uma importância muito maior do que um dia inteiro. Assim, há amizades que são feitas de risos e dores compartilhados; outras de escola; outras de saídas, cinemas, diversões; há ainda aquelas que nascem e a gente nem sabe de quê, mas que estão presentes. Talvez essas sejam feitas de silêncios compreendidos, ou de simpatia mútua sem explicação. Hoje em dia, muitas amizades são feitas só de e-mails e essas não são menos importantes. São as famosas "amizades virtuais". Diferentes até, mas não menos importantes. Aprendemos a amar as pessoas sem que possamos julgá-las pela sua aparência ou modo de ser, sem que possamos (e fazemos isso inconscientemente às vezes) etiquetá-las. Há amizades profundas que são criadas assim. Saint-Exupéry disse: "Foi o tempo que perdestes com tua rosa que fez tua rosa tão importante".
E eu digo que é o tempo que ganhamos com cada amigo que faz cada amigo tão importante. Porque tempo gasto com amigos é tempo ganho, aproveitado, vivido. São lembranças para cinco minutos depois ou anos até. Um amigo se torna importante pra nós, e nós para ele, quando somos capazes, mesmo na sua ausência, de rir ou chorar, de sentir saudade e nesse instante trazer o outro bem pertinho da gente. Dessa forma, podemos ter vários melhores amigos de diferentes maneiras. O importante é saber aproveitar o máximo cada minuto vivido e ter depois no baú das recordações horas para passar com os amigos, mesmo quando estes estiverem longe dos nossos olhos.

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