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terça-feira, 11 de novembro de 2014
Não tenhas medo, Miguel Torga
"Não tenhas medo, ouve:
É um poema
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz..."
Miguel Torga
Miguel Torga, pseudônimo de Adolfo Correia da Rocha, (1907 - 1995) foi um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista, memorialista e médico, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.
Em 1934, aos 27 anos, Adolfo Correia Rocha cria o pseudónimo "Miguel" e "Torga". Miguel, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica: Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno. Já Torga é uma planta brava da montanha, que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho, com um caule incrivelmente retilíneo.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Confiança, Miguel Torga
Foto: Ronaldo Ribeiro Araújo
O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura…
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova…
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura…
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova…
Miguel Torga
(1907-1995)
In "Cântico do Homem", 1950.
Miguel Torga, pseudônimo de Adolfo Correia da Rocha, (São Martinho de Anta, 12 de Agosto de 1907 — Coimbra, 17 de Janeiro de 1995) foi um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.
O contista português Miguel Torga, célebre pelos livros Bichos, Contos da Montanha e Novos Contos da Montanha, também produziu poemas. Anotados em cadernos a que chamou Diários, são menos conhecidos, nem por isso dispensáveis. Na juventude, Torga viveu alguns anos no Brasil, em Minas Gerais, retornando depois ao seu país.
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