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sábado, 16 de dezembro de 2017

Eu gosto de delicadeza, Manuel Bandeira



"Eu gosto de delicadeza.
Seja nos gestos, nas palavras, nas ações,
no jeito de olhar, no dia-a-dia e até no que
não é dito com palavras, mas fica no ar.
A delicadeza amolece até a pessoa
mais bruta do mundo e disso
eu tenho certeza.
Quero a delícia de poder
sentir as coisas mais simples."
M
anuel Bandeira

domingo, 23 de junho de 2013

Quero a delícia, Manuel Bandeira

imagem google

[...]
"— Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples."

Manuel Bandeira


em "Lira dos cinquent’anos"

quarta-feira, 27 de março de 2013

Canção do vento e da minha vida, Manuel Bandeira



O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores…
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas…
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.
O vento varria os sonhos
E as amizades…
O vento varria as mulheres…
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos…
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
Manuel Bandeira
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Nélson Rodrigues, Carlos Pena Filho e Osman Lins, entre outros, representa a produção literária do estado de Pernambuco.
Fonte: livro Lira dos Cinquent’anos, publicado em 1940. 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Porquinho-da-Índia, Manuel Bandeira




Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...

- O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.


Manuel Bandeira

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, (Recife, 19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
Morou no Rio de Janeiro e São Paulo. Iniciou o curso de Arquitetura e o abandonou por causa da tuberculose. Não chegou a participar da Semana de 22. Entrou para Academia Brasileira de Letras em 1940. Poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Nelson Rodrigues, Carlos Pena Filho e José Condé, representa a produção literária do Estado de Pernambuco.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O rio, Manuel Bandeira



Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.


Bandeira, Manuel,1886-1968

Antologia poética.- 12.ed.- Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. 

Manuel Bandeira (Recife, 19 de abril de 1886 - Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) poeta e ensaísta brasileiro que nasceu em Recife, Pernambuco.
Desde 1912 começou a usar em sua poesia o verso livre. Participou do modernismo de 1922. Dentro da nova estética, sua primeira obra foi Ritmo dissoluto e Libertinagem (1930), onde começou a inserir motivos e termos prosaicos na literatura. Sua prosa conserva a variedade criadora do parnasianismo e está marcada pela paixão de viver, expressada em forma lírica e intimista.

A presença do biógrafo se manifesta na interiorização de figuras familiares (Profundamente e Irene do céu). As imagens brasileiras aparecem, por exemplo, em Evocação do Recife. Nos livros de sua maturidade reaparece a métrica clássica e popular. Mafuá do malungo (1948) contem jogos onomásticos, dedicatórias rimadas e sátiras políticas. Merecem menção, também, os poemarios Estrela da manhã (1936), Estrela da tarde (1966), Estrela da vida interior (1966). Sua obra em prosa abrange as Crônicas da Província do Brasil (1936), Guia de Ouro Preto (1938), Noções da História da Literatura (1940), Literatura Hispano-americana (1949), Gonçalves Dias (1952), Itinerário de Passárgada (1954) e mais 50 crônicas (1966). Morreu no Rio de Janeiro.

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