Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.
Bandeira, Manuel,1886-1968
Antologia poética.- 12.ed.- Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.
Bandeira, Manuel,1886-1968
Antologia poética.- 12.ed.- Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
Manuel
Bandeira, (Recife, 19 de abril de 1886 - Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) poeta e ensaísta brasileiro
que nasceu em Recife, Pernambuco.
Desde
1912 começou a usar em sua poesia o verso livre. Participou do
modernismo de 1922. Dentro da nova estética, sua primeira obra
foi Ritmo dissoluto e Libertinagem (1930), onde começou
a inserir motivos e termos prosaicos na literatura. Sua prosa
conserva a variedade criadora do parnasianismo e está marcada
pela paixão de viver, expressada em forma lírica e
intimista.
A presença do biógrafo se manifesta na interiorização de figuras familiares (Profundamente e Irene do céu). As imagens brasileiras aparecem, por exemplo, em Evocação do Recife. Nos livros de sua maturidade reaparece a métrica clássica e popular. Mafuá do malungo (1948) contem jogos onomásticos, dedicatórias rimadas e sátiras políticas. Merecem menção, também, os poemarios Estrela da manhã (1936), Estrela da tarde (1966), Estrela da vida interior (1966). Sua obra em prosa abrange as Crônicas da Província do Brasil (1936), Guia de Ouro Preto (1938), Noções da História da Literatura (1940), Literatura Hispano-americana (1949), Gonçalves Dias (1952), Itinerário de Passárgada (1954) e mais 50 crônicas (1966). Morreu no Rio de Janeiro.
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