quarta-feira, 30 de setembro de 2015

terça-feira, 29 de setembro de 2015

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Só este respirar, Rumi



"Nem cristão ou judeu ou 
Muçulmano, nem hindu,
Budista, sufi ou zen.
Nenhuma religião 
Ou sistema cultural. Eu sou
Nem do leste
Nem do oeste, nem
Do oceano nem do chão, nem
Natural ou etéreo, nem
Composto de elementos.
Eu não existo,
Não sou uma entidade neste
Mundo ou no próximo,
Nem descendo de
Adão e Eva ou qualquer
História de origem. Meu lugar é
O sem lugar, um rastro
Do sem rastro.
Nem corpo nem alma.
Pertenço ao amado,
Vi os dois mundos 
Como um só 
E esse um
Chamo e conheço,
Primeiro, último, fora, dentro,
Só este respirar de
Ser humano."
Rumi


Tradução Jorge Pontual a partir da tradução em inglês de Coleman Barks.

sábado, 26 de setembro de 2015

O bom humor é essencial, Mark Twain


"O bom humor é essencial, o que nos salva. No minuto em que surge, toda nossa irritação e ressentimento, cedendo, lugar a um espírito radiante."
Mark Twain

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Sempre que houver alternativas, Osho


"Sempre que houver alternativas, tenha cuidado. Não opte pelo conveniente, pelo confortável, pelo respeitável, pelo socialmente aceitável, pelo honroso. Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar. Opte pelo que gostaria de fazer, apesar de todas as consequências." 
Osho

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Que tudo pesado se torne leve, Nietzsche

Edgar Degas


"Que tudo pesado se torne leve, todo corpo, dançarino, e todo espírito, pássaro.” 
Nietzsche

In "Assim Falou Zaratustra”

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Canção de primavera, Mario Quintana



Um azul do céu mais alto
Do vento a canção mais pura
Me acordou, num sobressalto
Como a outra criatura…

Só conheci meus sapatos
Me esperando, amigos fiéis
Tão afastado me achava
Dos meus antigos papéis!

Dormi cheio de cuidados
Como um barco soçobrando
Por entre uns sonhos pesados
Que nem morcego voejando

Quem foi que ao rezar por mim
Mudou o rumo da vela
Para que despertasse assim
Como dentro de uma tela?

Um azul do céu mais alto
Do vento a canção mais pura
E agora… este sobressalto
Esta nova criatura!  



Mário Quintana


HOMENAGEM AO INÍCIO DA PRIMAVERA 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Sê o melhor no que quer que sejas, Douglas Malloch


"Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas."
Douglas Malloch

HOMENAGEM AO DIA DA ÁRVORE

domingo, 20 de setembro de 2015

Naquele dia, fazia um azul tão límpido, Mário Quintana


"Naquele dia, fazia um azul tão límpido, meu Deus, que eu me sentia perdoado para sempre.
Nem sei de quê…"
Mário Quintana

sábado, 19 de setembro de 2015

Ode ao gato, Pablo Neruda

Painting by Sebastiano Ranchetti


O homem quer ser peixe e pássaro, 
a serpente quisera ter asas, 
o cachorro é um leão desorientado, 
o engenheiro quer ser poeta, 
a mosca estuda para andorinha, 
o poeta trata de imitar a mosca, 
mas o gato 
quer ser só gato 
e todo gato é gato do bigode ao rabo…
Pablo Neruda 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A arte mais poderosa da vida, Frida Kahlo

Frida Kalo, by Sharon Cummings


"A arte mais poderosa da vida é fazer da dor um talismã de cura. Uma borboleta renasce, numa festa de cores.
E com as pinceladas a dor se desvanece junto ao ar.
Que poder a arte da vida tem… Só nos resta aprender."
Frida Kahlo

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Convite, Lya Luft



Não sou areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
não sou apenas a pedra que rola
na marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou mistério.
A quatro mãos escrevemos o roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos a sério.

Lya Luft


Fonte: "Perdas e Ganhos", Editora Record - Rio de Janeiro, 2003, pág. 12

terça-feira, 15 de setembro de 2015

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Dentro de si, Anais Nin


"Vamos a lua que não está tão distante, mas o homem pode ir mais longe dentro de si mesmo."
Anais Nin

domingo, 13 de setembro de 2015

Paz, Maria Montessori

Paz, Cândido Portinari, 1956

"Todo mundo fala de paz mas ninguém educada para a paz. Quando educarmos a criança para cooperar  e ser solidária com o outro, então neste dia estaremos educando para paz."
Maria Montessori

sábado, 12 de setembro de 2015

Cada um oferece o que transborda de dentro de si, Augusto Branco



"Cada um oferece o que transborda de dentro de si.
Cada um oferece aquilo que tem e transborda dentro de si.
Uma parreira oferece doce fruto, uma orquídea nos oferece bela flor. Um vulcão só oferece desolamento, calor, mal cheiro e larva, e não é segredo que uma cobra peçonhenta não te oferecerá mais que mortífero veneno.
É bem verdade que podemos reunir tudo isso dentro de nós, mas lembre-se: as pessoas oferecem o que transborda de dentro de si.Quando fizeres o bem a uma serpente, não espere que ela te retribua com uma rosa, por que não é o que transborda de dentro dela.
Quando fizeres bem a uma serpente, faça-o por que é este bem que transborda de dentro de ti, e é justo que compartilhemos o que de bom nós temos em excesso.
Esse deve ser teu único pensamento e expectativa: Dê a quem precisa, não espere de quem não tem. Isto te dará felicidade e te privará de decepções.
E não te eximas de fazer o bem à serpente, por que algumas coisas não nos cabe reprovar ou punir, apenas compreender..."

Augusto Branco






sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Somos feitos, William Shakespeare

Escultura de Jurga Martin
 
"Somos feitos da mesma matéria do que são feito os nossos sonhos."
William Shakespeare

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O paraíso, frase


"O paraíso pode estar bem ali, no meio do inferno - basta querer vê-lo."

Frase de filme, A cor do Paraíso (The color of paradise, 1999).

terça-feira, 8 de setembro de 2015

A sombra, Tagore



"A sombra vai devagarinho atrás da luz, coberta com um véu, em secreta humildade, com calado andar de amor."
Rabindranath Tagore
 
poeta, romancista, músico e dramaturgo indiano (1861 - 1941).

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A pátria, Ruy Barbosa

Pintura de Vera Ferro

"A pátria não é ninguém; são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade."

Ruy Barbosa

domingo, 6 de setembro de 2015

Quando o belo também é despedida, Rubem Alves

                          Photo by Vera Victoria Shiroky Schubert





No pôr-do-sol, este momento se esconde: é quando o efêmero ganha uma expressão de beleza. Por isso, não há por que fugir da tristeza. Há momentos em que ela é uma amiga verdadeiramente fiel.

Hoje quero falar da tristeza. Não me perguntem por que, pois eu mesmo não sei. A tristeza não pede licença, não se explica. Vai chegando de mansinho e espalhando seu perfume de jasmim pelas coisas, até que todas ficam encantadas pela beleza que nela mora. Ficam belas-tristes as nuvens do céu, tristes-belos os bem-te-vis nos galhos das árvores, belos-tristes os objetos silenciosos do meu escritório, e até mesmo o café da manhã fica triste-belo... A tristeza é sempre bela, pois ela nada mais é que o sentimento que se tem ante uma beleza que se perdeu...
Não sei o que a chamou. Teria sido a visão das florestas ardendo, com seus prenúncios de desertos quentes e fins do mundo, os pássaros fugindo para nunca mais voltar? Ou a visita a lugares antigos amados... Ah! Quem ama nunca deveria voltar... Lembro-me dos versos que decorei, o poeta visitando paisagens de outros tempos e cadenciando a sua tristeza com um refrão que se repete. "São estes os sítios? São estes... Mas eu o mesmo não sou. Marília, tu chamas? Espera que eu vou". Até a bem-amada fica à espera quando o corpo tenta recuperar os espaços perdidos. Pois é. Visitei lugares de minha infância lá em Minas, e vi que a casa velha onde morei já não existe e nem a jabuticabeira que reguei e as três paineiras a cuja sombra me assentei. Fiquei ali, diante dessas ausências. E percebo que tristeza é isto: estar diante de um espaço onde um dia houve o encontro. Saber que, cedo ou tarde, tudo o que está presente ficará ausente. A tristeza testemunha que o mistério da despedida está gravado em nossa própria carne. "Quem nos desviou assim", perguntava Rilke, "para que tivéssemos um ar de despedida em tudo o que fazemos?"
Não é esta ou aquela despedida. As pequenas despedidas apenas acordam em nós a consciência de que a vida é uma despedida. O que Cecília Meirelles dizia de sua avó morta podemos dizer da vida inteira: "Tudo em ti era uma ausência que se demorava, uma despedida pronta a cumprir-se...". Tristeza é isso, quando o belo e a despedida se coincidem. O que revela o nosso próprio segredo, dilacerado entre o belo, que nos tornaria eternamente felizes, e os nossos braços, curtos demais para segurá-lo.
"E quando nos sentimos mais seguros algo inesperado acontece: um pôr do sol... E estamos perdidos de novo..." (E. Browning). Mas que será aquilo que nos põe a perder? A beleza do crepúsculo? Não. Mas a percepção de que a beleza é crepúsculo. Goethe dizia do pôr do sol: "Tudo o que está próximo se distancia". Ao que Borges comenta: "Goethe se referia ao crepúsculo, mas também à vida. Aos poucos as coisas vão nos abandonando". O pôr do sol é triste porque nos conta que somos como ele: infinitamente belos em nossas cores, infinitamente nostálgicos em nosso adeus.
A tristeza é o espaço entre o belo e o efêmero, de onde nasce a poesia. Não é por acaso que os poetas repetem sempre o mesmo tema. "As nuvens à volta do sol que se põe", dizia Wordsworth, "ganham suas cores tristes de um olho que contempla a mortalidade dos homens...". E assim os poetas vão colocando suas palavras sobre o vazio. Não um vazio qualquer, vazio "pedaço arrancado de mim", mutilação no meu corpo. Exercício de saudade, tornar de novo presente um passado que já se foi. "Saudade é o revés de um parto, é arrumar o quarto para o filho que já morreu..."
E é só agora, Drummond, que compreendo o que você diz no seu poema Ausência, onde você afirma não lastimar o espaço vazio. Não deveria ser assim... Acontece que, depois da partida, só fica a ferida, ferida que não se deseja curar, pois ela traz de novo à memória o belo que uma vez foi. "Por muito tempo achei que ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não o lastimo Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim... Não é estranho isso, que na tristeza more a beleza, e que se encontre aí mesmo um pouco de alegria? É mais bonita a dor de quem arruma o quarto para o filho que já morreu, que o vazio/vazio de quem não tem nenhum quarto para arrumar".
Brinco com a minha tristeza como quem cuida de uma amiga fiel...   

Rubem Alves

Fonte: Revista Bons Fluidos n°119 - Fevereiro/2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Primavera que vai chegar, Kalil Gibran

 

“A consciência de uma planta no meio do inverno não está voltada para o verão que passou, mas para a primavera que irá chegar. A planta não pensa nos dias que já foram, mas nos que virão. Se as plantas estão certas de que a primavera virá, por que nós – os humanos – não acreditamos que um dia seremos capazes de atingir tudo o que queríamos?”
Khalil Gibran

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Amo como ama o amor, Fernando Pessoa



"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"

Fernando Pessoa

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Caminho, Lewis Carroll



Alice - Poderia me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui?
Gato - Isso depende muito do lugar para onde você quer ir.
Alice - Não me importa muito onde.
Gato - Nesse caso, não importa por qual caminho você vá."


Alice no país das Maravilhas -  Lewis Carroll

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Eu costumava pensar, Frida Kahlo

Frida Kahlo by Tascha Parkinson

"Eu costumava pensar que eu era a pessoa mais estranha do mundo, mas então eu pensei: Bem, há muitas pessoas no mundo. Deve haver alguém como eu, que se sente estranho e danificado da mesma forma que eu me sinto. Então, eu me imagino como essa pessoa e imagino que ela deve estar lá fora pensando como eu. Espero que, se você estiver lá fora e ler isso, que saiba que sim, é verdade, eu estou aqui. Eu sou tão estranho quanto você."
Frida Kahlo

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