sábado, 30 de novembro de 2013

Prometa neste dia, Thich Nhat Hanh


Prometa,
prometa neste dia,
prometa hoje,
enquanto o sol paira
bem no zênite,
prometa:

Mesmo que eles
te derrubem com uma montanha de ódio e violência;
mesmo que eles te pisoteiem e estripem,
lembre-se, irmão,
lembre-se:
o homem não é nosso inimigo.
A única coisa adequada a ti é compaixão –
invencível, ilimitada, incondicional.
O ódio jamais permitirá que você encare
a besta no homem.

Um dia, quando você encarar sozinho essa besta,
com sua coragem intacta, seus olhos bondosos,
imperturbáveis
(mesmo que ninguém os veja),
de seu sorriso
irá desabrochar uma flor.
E aqueles que o amam
vão te enxergar
por dez mil mundos de nascimento e morte.

Sozinho de novo,
seguirei determinado,
sabendo que o amor se tornou eterno.
Na estrada longa e dura,
o sol e a lua
continuarão a brilhar.




Thich Nhat Hanh, monge budista vietinamita, poeta e ativista dos direitos humanos. Em 1967 foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz por Martin Luther King. É o autor de mais de 60 livros. Mora em Plum Village, um centro de meditação na França e viaja por todo o mundo conduzindo retiros na arte de viver em plena consciência.
 (poema escrito em 1965 para os jovens da Escola da Juventude para o Serviço Social - fundada por Thay - que arriscavam suas vidas durante a guerra para ajudar os que sofriam, recomendando a eles que estivessem preparados para morrer sem ódio. Thay completava dizendo que o homem não é nosso inimigo. Nosso inimigo é o fanatismo, a raiva, o ódio, a ganância e a discriminação).

http://www.viverconsciente.com/news/091007.html 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Pode-se dizer, Collot d'Herbois

Marit, Luiz Henrique*


"Pode-se dizer que as cores são pensamentos que não estão na cabeça mas estão no coração." 



Collot d'Herbois


*Pintura de Luiz Henrique

https://www.facebook.com/ArteDaNovaEnergia

http://www.vidashaumbra.com.br/

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A nossa mais elevada tarefa, Rudolf Steiner


“A nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas.”         

Rudolf Steiner

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sabem por que é que eu pinto, Cândido Portinari

Meninos no Balanço, Cândido Portinari
óleo sobre tela, 1960, 61 x 49 cm.

“Sabem por que é que eu pinto tanto menino em gangorra e balanço? Para botá-los no ar, feito anjos.” 

Cândido Portinari


Cândido Torquato Portinari (Brodowski - SP, 29 de dezembro de 1903 — Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962) foi um artista plástico brasileiro. Portinari pintou quase cinco mil obras de pequenos esboços e pinturas de proporções padrão, como O Lavrador de Café, até gigantescos murais, como os painéis Guerra e Paz, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956, e que, em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Portinari é considerado um dos artistas mais prestigiados do Brasil e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Existiram homens que deram os primeiros passos, Ayn Rand



 "Ao longo dos séculos, existiram homens que deram os primeiros passos em novas estradas armados apenas com a sua própria visão."

Citação de Ayn Rand numa placa do American Adventure, Epcot Center, Walt Disney World, Orlando, Florida.

Ayn Rand, filósofa russo-americana (judia, fugitiva da revolução russa, chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920).





domingo, 24 de novembro de 2013

Somente neste momento, Thicht Nhat Hanh



"Beba seu chá lentamente e com reverência, como se fosse o eixo sobre o qual a Terra gira mundo - lentamente, de maneira uniforme, sem pressa em direção ao futuro. Viva o momento atual. Somente neste momento é a vida." 

Thicht Nhat Hanh

sábado, 23 de novembro de 2013

O mundo não foi feito em alfabeto, Manoel de Barros

Red tree, photography by Lalylaura 

O mundo não foi feito em alfabeto. Senão que 
primeiro em água e luz. Depois árvore. Depois 
lagartixas. Apareceu um homem na beira do rio. 
Apareceu uma ave na beira do rio. Apareceu a
concha. E o mar estava na concha. A pedra foi 
descoberta por um índio. O índio fez fósforo da 
pedra e inventou o fogo pra gente fazer boia. Um 
menino escutava o verme de uma planta, que era 
pardo. Sonhava-se muito com pererecas e com 
mulheres. As moscas davam flor em Março. Depois 
encontramos com a alma da chuva que vinha do lado 
da Bolívia - e demos no pé. 
(Rogaciano era índio guató e me contou essa cosmologia).

Manoel de Barros

Fonte: "Compêndio para uso dos pássaros poesia reunida" (1937-2004), Manoel de Barros, Quasi Edições, 2007.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Só podemos amar as pessoas, Rubem Alves



"É isto que amamos nos outros: o lugar vazio que eles abrem para que ali cresçam as nossas fantasias. Buscamos, no outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta; não a solidez do músculo, mas o colo que acolhe.
Como seria bom se as outras pessoas fossem vazias como o céu, e não tão cheias de palavras, de ordens, de certezas. Só podemos amar as pessoas que se parecem com o céu, onde podemos fazer voar nossas fantasias como se fossem pipas."

Rubem Alves

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Que seja, Mozert



"Que seja livre, o que chegar.
Que seja doce, o que ficar.
E que seja breve, o que tiver que ir."

Mozert

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

És livre na luz do sol, Khalil Gibran



"És livre na luz do Sol e livre ante a estrela da noite. E és livre quando não há Sol, nem Lua ou estrelas. Inclusive, és livre quando fechas os olhos a tudo que existe."
Khalil Gibran

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Não estamos aqui, Jean-Yves Leloup



“Não estamos aqui para desenvolver os nossos saberes ou para acumular conhecimentos mas, antes de mais nada, para desenvolver uma escuta, uma atenção à presença que nos habita e nos conduz."

Jean-Yves Leloup

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A paisagem onde a gente brincou, Cândido Portinari

Pulando Carniça, Cândido Portinari
óleo sobre tela, 1959, 54 x 65 cm.


"A paisagem onde a gente brincou pela primeira vez
não sai mais da gente."

Cândido Portinari



Cândido Torquato Portinari (Brodowski - SP, 29 de dezembro de 1903 — Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962) foi um artista plástico brasileiro. Portinari pintou quase cinco mil obras de pequenos esboços e pinturas de proporções padrão, como O Lavrador de Café, até gigantescos murais, como os painéis Guerra e Paz, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956, e que, em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Portinari é considerado um dos artistas mais prestigiados do Brasil e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.

http://www.portinari.org.br/

domingo, 17 de novembro de 2013

Certa vez Buda ajudou, Siddhartha Gautama



Certa vez Buda ajudou uma senhora a atravessar um mangue e a mesma não lhe disse ao menos obrigado.
Logo, um de seus discípulos lhe perguntou:
- Mestre por que não dissestes nada aquela senhora?
Buda não respondeu.
No segundo dia o discípulo lhe fez a mesma pergunta:
- Mestre por que não dissestes nada aquela senhora?
Buda novamente não respondeu.
No terceiro dia seu discípulo tornou a perguntar:
- Mestre por que não dissestes nada aquela senhora?
Ela nem se quer o agradeceu.
Então ele respondeu:
Eu a carreguei apenas uma vez. Você está carregando-a a três dias.

Siddhartha Gautama

sábado, 16 de novembro de 2013

A civilização é o processo de libertar, Ayn Rand



"A civilização é o avanço de uma sociedade em direção à privacidade. O selvagem tem uma vida pública, regida pelas leis de sua tribo. Civilização é o processo de libertar o homem dos outros homens."

Ayn Rand


Ayn Rand, nascida Alisa Zinov'yevna Rosenbaum, (São Petersburgo, 2 de Fevereiro de 1905 — Nova Iorque, 6 de Março de 1982) foi uma escritora, dramaturga, roteirista e controversa filósofa norte-americana de origem judaico-russa, mais conhecida por desenvolver um sistema filosófico chamado de Objetivismo. Rand emigrou para os Estados Unidos em 1926.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Se você vai ficar perto da natureza, Rainer Maria Rilke




"Se você vai ficar perto da natureza, a sua simplicidade, para as pequenas coisas quase imperceptíveis, as coisas podem tornar-se inesperadamente grande e imensurável." 

Rainer Maria Rilke

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

terça-feira, 12 de novembro de 2013

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Um contém o Todo, Thich Nhat Hanh

Thich Nhat Hanh, by Crystal Zeller


“Não é necessário remover nada do que existe. De fato, não há nada que possamos retirar da existência. Se tirássemos uma coisa, teríamos que tirar tudo, por que o um contém o todo.

Quando entramos na cozinha num dia de inverno nos sentimos aquecidos e confortáveis. Nossa sensação de calor e conforto não é devida ao fogão que está na cozinha, ela se deve ao frio que está lá fora. Se o tempo fora não tivesse frio, não teríamos a sensação de conforto ao entrar na cozinha quente. Sentimentos agradáveis são feitos de sentimentos desagradáveis. Sentimentos desagradáveis são feitos de sentimentos agradáveis. Isto é assim por que aquilo é assim. Uma formação mental contém todas as outras formações mentais. Toda semente contém todas as outras. A semente da raiva contém dentro de si a semente do amor. A semente da ilusão contém dentro de si a semente da iluminação. Cada gene de nossas células contém todos os outros genes. Num bom ambiente, um gene nocivo pode lentamente se transformar em um gene saudável. Essa ideia pode abrir muitas portas para modernas terapias.

Esse é o ensinamento do Buda. Quando nos esquecemos deste ensinamento somos arrastados para o mundo de nascimento e morte. Mas quando transformamos nossa distração em plena consciência, vemos que não existe nada que necessitemos rejeitar ou descartar.”


Thich Nhat Hanh



Fonte: Dharmalog


http://dharmalog.com/2011/08/17/nao-e-necessario-remover-nada-entendendo-o-dualismo-com-thich-nhat-hanh/

domingo, 10 de novembro de 2013

Quem sabe, um dia, Mia Couto




"Quem sabe, um dia,
eu, em mim, colha um jardim?"

Mia Couto


Fonte: Livro "Idades Cidades Divindades", Lisboa, Caminho, 2007.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O que vale na vida, Cora Coralina


Claude Monet, Campo de Papoulas em Argenteuil, 1873.


"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher."

Cora Coralina

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O rio passa, Osho



"O rio passa ao lado de uma árvore, cumprimenta-a, alimenta-a, dá-lhe água... 
e vai em frente, dançando. Ele não se prende à árvore. 
A árvore deixa cair suas flores sobre o rio em profunda gratidão, e o rio segue em frente. O vento chega, dança ao redor da árvore e segue em frente.
E a árvore empresta o seu perfume ao vento... Se a humanidade crescesse, amadurecesse, essa seria a maneira de amar."

Osho

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Os ideais são como as estrelas, Jean-Paul Sartre



“Os ideais são como as estrelas. Nunca as alcançaremos. Mas, como os marinheiros em alto-mar, traçamos nossos caminhos, seguindo-as.”

 Jean-Paul Sartre

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A alegria, Tolstói



"A  alegria  de fazer o bem, é a única felicidade verdadeira."

Leon Tolstói

Lev Nikolayevich Tolstoy, mais conhecido em português como Leon Tolstoy  (Yasnaya Polyana,  9 de setembro de 1828 — Astapovo, 20 de novembro de 1910) foi um escritor russo.
Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e ideias contrastavam com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.
Junto a Dostoiévski, Turgueniev, Gorki e Tchecov, Tolstói foi um dos grandes mestres da literatura russa do século XIX. Suas obras mais famosas são Guerra e Paz, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia, e Anna Karenina, onde denuncia o ambiente hipócrita da época e realiza um dos retratos femininos mais profundos e sugestivos da Literatura.
Tolstói deixou de beber e fumar, tornou-se vegetariano e passou a vestir-se como camponês.

Morreu aos 82 anos, de pneumonia, durante uma fuga de sua casa, buscando viver uma vida simples.

Tolstói ficou famoso por ser um pacifista. Nas palavras de Mahatma Gandhi, com quem Tolstói trocou correspondência, o escritor foi o maior "apóstolo da não-violência". No livro "O Reino de Deus está em vós", Tolstói baseia-se no Sermão da Montanha para afirmar que não se deve resistir ao mal utilizando-se do próprio mal.
No mesmo livro, continuando seu raciocínio pacifista, o escritor afirma ser contrário ao serviço militar obrigatório (e ao militarismo como um todo). Ele também defende e exalta povos como os Quakers, que buscam a simplicidade, a autonomia e não utilizam de violência.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Liev_Tolst%C3%B3i

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

domingo, 3 de novembro de 2013

Torne-se melhor, Professor Hermógenes



"Não queira ser melhor que os outros. Torne-se melhor para os outros!" 

Prof. Hermógenes

José Hermógenes de Andrade Filho, (Natal, Brasil, 9 de março de 1921), mais conhecido como Prof. Hermógenes, é um escritor, professor e divulgador brasileiro de hatha ioga. É doutorado em Yogaterapia pelo World Development Parliament da Índia e é Doutor Honoris Causa pela Open University for Complementary Medicine. O professor Hermógenes recebeu a Medalha de Integração Nacional de Ciências da Saúde e o Diploma d'Onore no IX Congresso Internacional de Parapsicologia, Psicotrônica e Psiquiatria (Milão, 1977). Escolhido o Cidadão da Paz do Rio de Janeiro, em 1988, o Professor Hermógenes recebeu a Medalha Tiradentes em 8 de maio de 2000. A premiação foi conferida pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, pelo bem-estar e benefícios à saúde que as obras de José Hermógenes de Andrade Filho levaram para os brasileiros. É fundador da Academia Hermógenes de Yoga.

sábado, 2 de novembro de 2013

A morte é como uma nuvem no céu, Thich Nhat Hanh



"É como uma nuvem no céu. Quando a nuvem não está mais no céu, isso não significa que a nuvem morreu. A nuvem continua em outras formas, como a chuva, neve ou gelo. Assim, você pode reconhecer a sua nuvem em suas novas formas.
Se você gosta muito de uma bela nuvem e sua nuvem não está mais lá, você não deve ficar triste. Sua nuvem amada pode ter se transformado em  chuva convidando você: "Querida, querida. Não me vê em minha nova forma?" E então você não vai ficar impressionado com o sofrimento e desespero. Seu amado continuará sempre.  Meditação ajuda a reconhecer sua presença contínua em novas formas. E a nossa natureza é a natureza do nenhum nascimento e nenhuma morte ... a natureza de uma nuvem também. A nuvem nunca pode morrer. Uma nuvem pode se tornar neve ou granizo ... ou chuva. Mas é impossível que uma nuvem passe de ser para não-ser. E isso é verdade com o seu amado. Ela não morreu. Ela é prolongada em muitas novas formas. E você pode olhar profundamente e reconhecer-se em você e ao seu redor."

Thich Nhat Hanh


Living Mindfully - Oprah Winfrey interview Thich Nhat Hanh.


Transcrita a partir de uma conversa entre Oprah Winfrey e monge budista Thich Nhat Hanh, pacifista e escritor vietnamita. Foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz por Martin Luther King, Jr. Em 1969, Thich Nhat Hanh chefiou a Delegação Budista Vietnamita da Paz na Conferência de Paz em Paris e após a Assinatura do Acordo de Paz, quando tentou retornar ao país, não mais foi permitido seu ingresso no Vietnã, e até hoje ele vive em exílio na França.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O amor, Maiakovski



Um dia, quem sabe,

Ela que também gostava de bichos,
apareça numa alameda do zoo, 
sorridente,
tal como agora está no retrato sobre a mesa.
Ela é tão bela, que por certo, hão de ressuscitá-la
Vosso Trigésimo século ultrapassará o exame de mil nadas,
que dilaceravam o coração.
Então, de todo amor não terminado
seremos pagos em enumeráveis noites de estrelas.
Ressuscita-me,
nem que seja porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo cotidiano!
Ressuscita-me,
nem que seja só por isso!
Ressuscita-me!
Quero viver até o fim que me cabe!
Para que o amor não seja mais escravos de casamentos,
concupiscência,
salários.
Para que, maldizendo os leitos,
saltando dos coxins,
o amor se vá pelo universo inteiro.
Para que o dia,
que o sofrimento degrada, 
não vos seja chorado, mendigado.
E que ao primeiro apelo:
- Camaradas!
Atenta se volte a terra inteira.
Para viver
livre dos nichos das casas.
Para que doravante
a família seja
o pai,
pelo menos o universo;
a mãe,
pelo menos a terra.

Vladimir Maiakovski (1923)

(19 de Julho de 1893, Baghdati - 14 de Abril de 1930, Moscou) foi um poeta, dramaturgo e teórico russo, frequentemente citado como um dos maiores poetas do século XX,  ao lado de Ezra Pound e T.S. Eliot, bem como "o maior poeta do futurismo". 


Caetano Veloso adaptou o poema "O amor", de Maiakovski.


"Talvez
Quem sabe
Um dia
Por uma alameda
Do zoológico
Ela também chegará
Ela que também
Amava os animais
Entrará sorridente
Assim como está
Na foto sobre a mesa

Ela é tão bonita

Ela é tão bonita
Que na certa
Eles a ressuscitarão
O século trinta vencerá
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias

Agora vamos alcançar

Tudo o que não
Podemos amar na vida
Com o estrelar
Das noites inumeráveis

Ressuscita-me

Ainda
Que mais não seja
Porque sou poeta
E ansiava o futuro

Ressuscita-me

Lutando
Contra as misérias
Do cotidiano
Ressuscita-me por isso

Ressuscita-me

Quero acabar de viver
O que me cabe
Minha vida
Para que não mais
Existam amores servis

Ressuscita-me

Para que ninguém mais
Tenha de sacrificar-se
Por uma casa
Um buraco

Ressuscita-me

Para que a partir de hoje
A partir de hoje
A família se transforme

E o pai

Seja pelo menos
O Universo
E a mãe
Seja no mínimo
A Terra
A Terra
A Terra"

Ouça também a música clicando no vídeo abaixo:






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