segunda-feira, 30 de maio de 2016

Não seja o de hoje, Cecília Meireles

Orquídea chocolate, 
Oncidium Sharry Baby 'Sweet Fragrance'


"Não seja o de hoje.
Não suspires por ontens....
Não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens. 
Em todas as existências. 
Em todas as mortes. 
E sabes que serás assim para sempre. 
Não queiras marcar a tua passagem. 
Ela prossegue: 
É a passagem que se continua. 
É a tua eternidade. 
És tu."
Cecília Meireles

In:  Cânticos II, extraído da "Antologia Poética", Editora Record - Rio de Janeiro, 1963.

domingo, 29 de maio de 2016

sábado, 28 de maio de 2016

A verdadeira viagem, Marcel Proust

Pintura de Iris Scuccato

"A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos."
Marcel Proust

sexta-feira, 27 de maio de 2016

quinta-feira, 26 de maio de 2016

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Eterno, Mário Quintana


"Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata." 
Mário Quintana


terça-feira, 24 de maio de 2016

Eu tenho a paixão da leitura, Ariano Suassuna



"Eu não tenho o hábito da leitura. Eu tenho a paixão da leitura. O livro sempre foi para mim uma fonte de encantamento. Eu leio com prazer, leio com alegria."
Ariano Suassuna

segunda-feira, 23 de maio de 2016

domingo, 22 de maio de 2016

sábado, 21 de maio de 2016

quinta-feira, 19 de maio de 2016

A alegria e a tristeza, Khalil Gibran



"Quando estiverdes tristes, olhai novamente para dentro do vosso coração e vereis que na verdade estais a chorar por aquilo que foi a vossa alegria."
Khalil Gibran

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Ainda bem que sempre existe outro dia, Clarice Lispector



"Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas..."
Clarice Lispector

terça-feira, 17 de maio de 2016

segunda-feira, 16 de maio de 2016

sábado, 14 de maio de 2016

Para voar, Fiodor Dostoievski




“Somos assim: sonhamos o voo mas tememos a altura. Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o voo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Por isso trocamos o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram.”
Fiodor Dostoievski

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Hei de vencer, Arthur Riedel




Hei de Vencer.
Hei de Vencer-me!
Pois, só aqueles que sejam
capazes de vencer suas próprias
fraquezas, limitações e erros,
é que alcançam a 
verdadeira vitória.
Arthur Riedel

quinta-feira, 12 de maio de 2016

quarta-feira, 11 de maio de 2016

As oportunidades, Lucas Mahat



"Não atribua aos momentos de dificuldade e crise o sentimento de punição, não são obstáculos, nunca foram um castigo; São oportunidades, degraus que nos elevam dentro de nós mesmos, lapidação em prol da nossa evolução." 
Lucas Mahat

terça-feira, 10 de maio de 2016

Quero para mim, Fernando Pessoa


“Quero para mim o espírito desta frase,
transformada a forma para a casar com o que eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.”
Fernando Pessoa

domingo, 8 de maio de 2016

Homenagem ao dia das Mães, Rubem Alves

Minha orquídea Chocolate


"As mulheres, nos tempos antigos, nos tempos da minha infância, eram árvores.

No meu sítio, lá em Pocinhos do Rio Verde, tenho árvores plantadas para todos os meus amigos que morreram.

Para o meu pai, escolhi uma laranjeira. Meu pai adorava chupar laranjas. Ele ia descascando as laranjas com incrível técnica, sem jamais ferir a laranja. Laranja com casca ferida é ruim de chupar. As cascas inteiras, ele ia pendurando no braço esquerdo. Cascas de laranja, secas, são um combustível maravilhoso.

Para minha mãe plantei um pé de camélia. Camélias são flores lindas – tão perfeitas, algumas brancas, outras vermelhas.

Disse que antigamente as mulheres se pareciam com árvores. As árvores não saem do lugar. Crescem onde plantamos. Indefesas. Não reagem, não fogem, não gemem – nem mesmo quando são cortadas a machado.

Pois assim eram as mulheres: nasciam e pelo resto de suas vidas teriam de obedecer aos homens. Primeiro, tinham de obedecer as ordens do pai. Depois, tinham de obedecer as ordens do marido.

Na verdade, nem antes de casar elas estavam livres. Estavam à mercê da vontade dos pais. Era o pai que decidia se ela devia se casar, quando e com quem. E nem tinham a liberdade de se decidir por uma profissão. Lugar de mulher era na casa, no fogão, na máquina de costura. As mulheres não eram donas do seu corpo, não mandavam no seu destino. Árvores à mercê da vontade do jardineiro, sem poder fugir… Como gostariam de ser pássaros, e voar para longe, longe…

Não podendo ser pássaros, as árvores dão flores. Flores são os pássaros das árvores. Flores são voos que não conseguiram voar e se cristalizaram em beleza e perfume. Quem dá uma flor a alguém está lhe dando um desejo de voar.

Minha mãe era uma árvore que queria voar e não podia. Aí, como a camélia, ela começou a dar flores. As flores que minha mãe dava apareciam sob a forma de música. Menino, eu a ouvia estudando piano horas seguidas. Enquanto tocava piano ela voava pelo mundo da beleza que nem pai e nem marido podiam impedir: a alma é livre.

Minha mãe era uma camélia mansa cujas flores eram a música.

Outro jeito que as mulheres-árvores tinham de florir eram os filhos. Se elas não podiam voar de verdade, voavam imaginando os filhos voando. Viviam uma vida simples, modesta, sempre plantadas no chão – e eram sempre uma sombra e um colo onde os filhos tristes encontravam conforto. Especialmente nas coisas gostosas que só as mães sabiam fazer na cozinha. Fazer o prato predileto do filho: era o jeito que elas tinham de dizer às noras: “Você nunca tomará o meu lugar!“

Claro, havia umas mulheres revoltadas por não poder voar. Viravam cactos, só espinho. E os filhos sofriam. Minha avó era assim – que Deus a tenha. Mas não minha mãe, que aprendeu ternura com uma velha escrava chamada Iáiá. Por vezes as mães verdadeiras não são as mães de barriga – são as mães de coração.

As mulheres, hoje, se cansaram de viver para fazer vontade de pai e de marido. Estão se transformando em pássaros: querem voar – determinar o seu destino, ser donas de suas vidas. Liberdade: esse é um direito de todo ser humano.

Quando vocês tiverem a minha idade e forem escrever sobre suas mães, ao invés de dizer que elas eram árvores, vocês dirão que elas eram pássaros! E como os pássaros são belos no seu voo! Podem ser suaves como as gaivotas ou terríveis como os gaviões… Mas mesmo os pássaros precisam de uma árvore onde descansar e fazer os seus ninhos…

Dicas:

Hoje, dia das mães, brinque de ser poeta.
Dê, como presente à sua mãe, uma metáfora poética.
De todas as flores e plantas que você conhece,
qual é aquela que mais se parece com ela?
Que flor ou árvore você plantaria para que nela
venha a morar, um dia?
Há uma grande variedade que vai dos delicados
jasmins do imperador até os cactos…
Mas pode ser que sua mãe seja um pássaro!"

Rubem Alves

Texto na íntegra:


http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_colunas/r_alves/id120501.htm


HOMENAGEM AO DIA DAS MÃES

sábado, 7 de maio de 2016

Apenas aqueles que arriscam, T. S. Eliot



"Apenas aqueles que arriscam a ir demasiado longe conseguem descobrir o quão longe se pode ir." 
 T. S. Eliot

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Viver é mágico, Clarice Lispector



"E a doçura é tanta que faz insuportável cócega na alma. Viver é mágico e inteiramente inexplicável."
Clarice Lispector

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Os tesouros, Rumi

                               

"Os tesouros que podem ser encontrados fora de você não podem sequer ser comparados com os tesouros que podem ser encontrados dentro de você."
Rumi

quarta-feira, 4 de maio de 2016

terça-feira, 3 de maio de 2016

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Nossa natureza, Paul Bloom



"Nossa natureza não é apenas gentil; também é cruel e egoísta. Parte da solução para um mundo melhor é usar nossa inteligência para lutar contra nossos piores instintos."
Paul Bloom

domingo, 1 de maio de 2016

Coragem, Osho




"A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem. O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada." 
Osho


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