segunda-feira, 30 de junho de 2014

Livro de amor, Cora Coralina



"O grande livro de amor de quem como eu só teve uma escola primária: o dicionário. Dicionário é um livro de amor, meu livro de amor. Eu fazia doce, mas meu dicionário estava na mesa da cozinha: cheio de melado, de dedada de manteiga, de melado, de gema de ovo. E me valeu. Hoje, jovem não abre dicionário, jovem não abre dicionário."

Cora Coralina


Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889   Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das principais escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965),(Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais) quando já tinha quase 76 anos de idade.
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.

domingo, 29 de junho de 2014

Desvios, Manoel de Barros




"Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença
delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor,
esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
- Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável,
o Padre me disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença,
pode muito que você carregue para o resto da vida
um certo gosto por nadas…
E se riu.
Você não é de bugre? – ele continuou.
Que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em
estradas -
Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas
e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de
gramática."

Manoel de Barros


sábado, 28 de junho de 2014

A menina e o pássaro, Rubem Alves

Jean-Baptiste Monge illustrations



Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão-se embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades… As suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava. Certa vez voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão…
 Menina, eu venho das montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que vi, como presente para ti…
E, assim, ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como o fogo, penacho dourado na cabeça.
 Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga. As minhas penas ficaram como aquele sol, e eu trago as canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes.
E de novo começavam as histórias. A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isto voltava sempre.
Mas chegava a hora da tristeza.
 Tenho de ir  dizia.
 Por favor, não vás. Fico tão triste. Terei saudades. E vou chorar…— E a menina fazia beicinho…
 Eu também terei saudades  dizia o pássaro. — Eu também vou chorar. Mas vou contar-te um segredo: as plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios… E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera do regresso, que faz com que as minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudade. Eu deixarei de ser um pássaro encantado. E tu deixarás de me amar.
Assim, ele partiu. A menina, sozinha, chorava à noite de tristeza, imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa dessas noites que ela teve uma ideia malvada: “Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá. Será meu para sempre. Não mais terei saudades. E ficarei feliz…”
Com estes pensamentos, comprou uma linda gaiola, de prata, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera. Ele chegou finalmente, maravilhoso nas suas novas cores, com histórias diferentes para contar. Cansado da viagem, adormeceu. Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola, para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz.
Acordou de madrugada, com um gemido do pássaro…
 Ah! menina… O que é que fizeste? Quebrou-se o encanto. As minhas penas ficarão feias e eu esquecer-me-ei das histórias… Sem a saudade, o amor ir-se-á embora…
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas não foi isto que aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ficando diferente. Caíram as plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio: deixou de cantar.
Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite ela chorava, pensando naquilo que havia feito ao seu amigo…
Até que não aguentou mais.
Abriu a porta da gaiola.
 Podes ir, pássaro. Volta quando quiseres…
 Obrigado, menina. Tenho de partir. E preciso de partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro de nós. Sempre que ficares com saudade, eu ficarei mais bonito. Sempre que eu ficar com saudade, tu ficarás mais bonita. E enfeitar-te-ás, para me esperar…
E partiu. Voou que voou, para lugares distantes. A menina contava os dias, e a cada dia que passava a saudade crescia.
 Que bom  pensava ela  o meu pássaro está a ficar encantado de novo…
E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos, e penteava os cabelos e colocava uma flor na jarra.
 Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje…
Sem que ela se apercebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado, como o pássaro. Porque ele deveria estar a voar de qualquer lado e de qualquer lado haveria de voltar. Ah!
Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama…
E foi assim que ela, cada noite, ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento: “Quem sabe se ele voltará amanhã….”
E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.

Rubem Alves

sexta-feira, 27 de junho de 2014

quinta-feira, 26 de junho de 2014

É só respirar, meditação



Na sala vazia e silenciosa, dois monges zen, com seus mantos e cabeças raspadas, estão sentados no chão, lado a lado, pernas cruzadas. Depois de alguns instantes, o mais jovem lança um olhar surpreso e irônico para o mestre. Sereno, o velho monge comenta: “É só isso, mesmo. Não vai acontecer mais nada”. 

Não se trata de uma cena real. É só uma charge publicada na renomada revista americana The New Yorker, brincando com o novo hábito americano de meditar regularmente, como fazem os orientais há milhares de anos. A fina ironia da charge, no entanto, tem a ver com a realidade. Embora singela, a atitude de sentar sobre uma almofada (ficar em posição de lótus exige um preparo de monge) e ficar atento à própria respiração é tão fora de propósito em nossa rotina atabalhoada que é fácil se identificar com o jovem monge, perplexo e irônico, ao encará-la pela primeira vez. 

Trecho extraído da Revista Super Interessante.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Saúde física, Dr. Edward Bach



"Nossa saúde física depende do nosso modo de pensar, dos nossos sentimentos e emoções."

Dr. Edward Bach


Edward Bach (1886 - 1936) foi um médico britânico, desenvolveu as essências florais de Bach, uma forma de medicina alternativa inspirada em clássicas tradições homeopáticas

terça-feira, 24 de junho de 2014

Livros, Martha Medeiros



Eu, por exemplo, gosto do cheiro dos livros. Gosto de interromper a leitura num trecho especialmente bonito e encostá-lo contra o peito, fechado, enquanto penso no que foi lido. Depois reabro e continuo a viagem. Gosto do barulho das páginas sendo folheadas. Gosto das marcas de velhice que o livro vai ganhando: a lombada descascando, o volume ficando meio ondulado com o manuseio. Tem gente que diz que uma casa sem cortinas é uma casa nua. Eu penso o mesmo de uma casa sem livros!... 

Martha Medeiros

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Antes do nome, Adélia Prado



"Não me importa a palavra, esta corriqueira. Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe, os sítios escuros onde nasce o "de", o "aliás", o "o", o "porém" e o "que", esta incompreensível muleta que me apóia. Quem entender a linguagem entende Deus cujo Filho é Verbo. Morre quem entender. A palavra é disfarce de uma coisa mais grave, surda-muda, foi inventada para ser calada. Em momentos de graça, infrequentíssimos, se poderá apanhá-la: um peixe vivo com a mão. Puro susto e terror."            

Adélia Prado 


In: Com Licença Poética - Antologia - Livros Cotovia, 2003,

domingo, 22 de junho de 2014

O poeta nasce da paz, Pablo Neruda



A poesia é sempre um ato de paz
O poeta nasce da paz como o pão nasce da farinha.”
Pablo Neruda

sábado, 21 de junho de 2014

Etapas, Confúcio



“Aos 15 anos, orientei meu coração para aprender.
Aos 30 eu plantei meus pés firmemente no chão.
Aos 40 não mais sofria de perplexidades.
Aos 50, eu sabia quais eram os preceitos do céu.
Aos 60, eu ouvia com ouvido dócil.
Aos 70, eu podia seguir as indicações do meu próprio coração, porque o que eu mais desejava não mais excedia as fronteiras da justiça.”


Confúcio

In: Analectos de Confúcio

sexta-feira, 20 de junho de 2014

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Corpus Christi, Rubem Alves

imagem google

Tenho medo de morrer e ir para o céu. Eu me sentiria um estranho por lá. A Cecília Meireles pensava o mesmo. E se perguntava se, “Depois que se navega, a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barca, nem gaivota: somente sobre-humanas companhias...“. Também eu preciso de barcas e gaivotas, pois amo o mar e o ar. Sou um ser deste mundo e sinto que no meu corpo moram rios, árvores, montanhas e nuvens. Nenhum mundo além poderá consolar-me da sua perda. É certo que um espírito, por bem-aventurado que seja, não pode sentir o cheiro bom do capim gordura (que recém começa a florescer roxo nos campos). Para isso ele teria de ter um nariz. E nem pode sentir o vento frio das tardes de inverno, a lhe golpear o rosto. Ao que me parece, espíritos não têm pele. E (pobres) não podem jamais sentir o prazer de mergulhar no mar. Esta alegria animal está vedada aos espíritos, seres etéreos que, ao que consta, não sofrem os efeitos da gravidade (ou da gravidez). Sua leveza os protege de quedas de muros, mas lhes tira a alegria do mergulho. Saltam, e ficam flutuando no espaço.

Amo este mundo. Por isso não quero ir para o céu. Nietzsche sentia o mesmo. E até sonhou com o “retorno eterno“ - voltarei sempre a este mesmo lugar, o único que conheço, das coisas materiais do cotidiano, que vão desde o café com leite e pão com manteiga, pela manhã, até a música de Bach e os céus estrelados, à noite. Isto, para não se falar nos prazeres do amor, que não podem subsistir sem o corpo. Pois precisam do encanto dos olhos que dizem: “Como é bom que você existe...“. E do olfato, que percebe desde o “brabo cheiro bom de suor e graxa“, a que Adélia Prado se refere, até o perfume de pêssego maduro que vem da flor do imperador, tão discreta, e que Guimarães Rosa declarou ser a mais querida. E os ouvidos? As serenatas (antigas), o “eu te amo“ (eterno), os poemas - são todos seres materiais, que não existem sem a física da fala. Não posso imaginar um som espiritual, embora se diga que os querubins tocam harpas e cantam. Sons precisam de bumbos, trombones, violinos, dedos, sopro, corpo: são coisas físicas, corpóreas. E fico preocupado com o destino de Bach e Beethoven, espíritos nos céus, para sempre separados dos bons instrumentos da terra onde tocaram a sua música.

Por isso me alegrei com esta festa de nome latino, Corpus Christi, em que a cristandade comemora, teimosa e inconsciente, o corpo de Cristo. Fosse a celebração da sua alma, confesso que fugiria. Almas do outro mundo, boas ou más, são assombrações que causam medo. Sei que há um dia que as celebra, o dia de “todas as almas“, também chamado de dia de todos os santos, logo antes de finados. O que combina muito bem. A alma começa quando o corpo termina. Parece que acreditavam que as almas vagavam, penadas, por este mundo (dia das bruxas!), sofrendo e assombrando os vivos - que, neste dia, faziam orações por sua eterna salvação nos céus, deixando livre a terra para as coisas materiais e boas que nela moram. Mas este dia, Corpus Christi, a se acreditar na tradição, diz que Deus, cansado de ser espírito, descobriu que o bom mesmo era ter corpo, e até se encarnou, segundo o testemunho do apóstolo. Preferiu nascer como corpo, a despeito de todos os riscos, inclusive o de morrer. Porque as alegrias compensavam. E nasceu, declarando que o corpo está eternamente destinado a uma dignidade divina. Curioso que os homens prefiram os céus, quando Deus prefere a terra. Lembro-me do espanto do chefe índio que escrevia ao presidente dos Estados Unidos e dizia não poder compreender as razões que levavam os brancos a desejar, depois de mortos, ir morar num lugar muito longe da terra. Nós, ele dizia, precisamos do perfume dos pinheiros, do barulho da água, dos riachos, do cintilar da luz sobre a superfície dos lagos. 
Corpus Christi: divino é o pão e toda a terra onde cresceu, com a água que o fez germinar, e o vento que o acariciou, e o fogo que o cozeu. Divino é o vinho, alegria pura que dá asas ao corpo e o faz flutuar. Coisas do corpo: dentro dele cabe o universo. Não é à-toa que a tradição fala não em imortalidade da alma mas em ressurreição do corpo. Afirmação de que a vida é bela e o divino se encontra nas coisas materiais mais simples. Como dizia Blake: “Ver a eternidade num grão de areia“. Ou Fernando Pessoa: “Toda matéria é espírito“. E assim, como e bebo as coisas deste mundo, corpo de Deus...

Rubem Alves

In: Tempus Fugit, Rubem Alves pgs. 94 à 98. Editora Paulus

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Fui para os bosques, Henry David Thoreau



“Fui para os bosques viver de livre vontade,
Para sugar todo o tutano da vida…
Para aniquilar tudo o que não era vida,
E para, quando morrer, não descobrir que não vivi!”

Henry David Thoreau

Escritor, poeta, naturalista, pesquisador, historiador, filósofo americano e transcendentalista.

Walden ou A Vida nos Bosques é uma autobiografia e tornou-se um dos livros mais célebres do autor e é utilizado como referência tanto para a Ecologia, como também para o movimento beat e hippie.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Ter um bom coração, Ghagdud Tulku Rinpoche


"Ter um bom coração é o ponto essencial. Não importa o quanto aprendemos ou quanto o praticamos, se não tivermos um bom coração, não iremos longe. O benefício é apenas temporário."
Ghagdud Tulku Rinpoche

In: "Sementes de Sabedoria" 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A consciência ecológica, Edgar Morin



"A consciência ecológica levanta-nos
um problema de uma profundidade e
 vastidão extraordinárias. Temos de defrontar
 ao mesmo tempo o problema da vida no
 planeta terra, o problema da sociedade
moderna e o problema do destino do homem.
Isto nos obriga a repor em questão a
própria orientação da civilização ocidental.
 Na aurora do terceiro milênio, é preciso
compreender que revolucionar, desenvolver,
Inventar, sobreviver, viver, morrer, anda
tudo inseparavelmente ligado."


                                                                                                 Edgar Morin


Antropólogo, sociólogo e filósofo francês. Pesquisador emérito do CNRS. Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. 

domingo, 15 de junho de 2014

A natureza, Machado de Assis



"Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies."

Machado de Assis

sábado, 14 de junho de 2014

Conto Zen, Rubem Alves



 "Um homem ia pela floresta quando ouviu um rugido terrível. Era um leão. Ele teve muito medo e se pôs a correr. Mas a floresta era densa e o sol já estava se pondo. Não viu por onde ia e caiu num precipício. No desespero agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo e lá ficou. Foi quando, olhando para a parede do do precipício, viu uma pequena planta que ali crescia. Era uma pé de morangos. Nela havia um morango vermelho. Estendeu seu braço e o colheu. E comeu." 

Rubem Alves

In: Tempus Fugit, Rubem Alves, páginas 56 e 57, Ed. Paulus. 1990. 
9ª edição, 2008.

Este conto zen é uma metáfora.
O leão representa um medo ou problema.
Relaxe. Viva um dia de cada vez! Coma o morango!
Problemas acontecem na vida de todos nós.
Faz parte da vida e é importante saber viver dentro desse cenário. Precisamos saber comer os morangos. A vida está acontecendo AQUI E AGORA.
Neste exato momento deve haver um morango (oportunidade) esperando por você. O melhor momento para ser feliz é AGORA. 
Poderá não haver outra oportunidade de experimentar algo tão saboroso. Saboreie os bons
momentos.
A felicidade é construída todos os dias.

"Todo sofrimento psicológico é fictício, porque ou está armazenado na memória do passado, ou na imaginação do futuro, porque ambos são apenas ilusórios... O passado já passou e o futuro ainda não chegou!!!
O único momento real é o presente, e nele reside a eternidade!" Siddhartha Gautama

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Viver, e.e. cummings




minha especialidade é viver - era a legenda 
de um homem (que não tinha renda 
porque não estava à venda)
e.e. cummings


( tradução: Augusto de Campos)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

O Amor, Carlos Drummond de Andrade



Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.
Carlos Drummond de Andrade

Homenagem ao Dia dos Namorados

quarta-feira, 11 de junho de 2014

terça-feira, 10 de junho de 2014

Ser feliz, Adélia Prado



“Não tenho tempo algum, porque ser feliz me consome.”
Adélia Prado


Parabéns, ADÉLIA PRADO!!!

A poeta mineira Adélia Prado foi agraciada pelo Griffin Poetry Prize, o maior prêmio de poesia do Canadá e um dos mais importantes do mundo. Um dos maiores nomes da literatura nacional, Adélia, que mora na cidade mineira de Divinópolis, tem suas obras reconhecidas internacionalmente. No dia 5 junho de 2014, a escritora esteve em Toronto, para a cerimônia.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

O paraíso, filme

"Mar" de pétalas de cerejeiras. As pétalas das flores começam a cair, em cidades como Okinawa (Japão), durante o mês de janeiro. Os rios acabam levando as partes das flores para as cidades mais baixas, onde se acumulam. Isso acaba atraindo os habitantes para o espetáculo que acontece em parques e templos.*


"O paraíso é onde a felicidade está."

Citação no filme: Hanami - Cerejeiras em flor

*Fonte: foto - Green Nation (Facebook)

domingo, 8 de junho de 2014

Difícil é andar, W. Somerset Maugham



"Difícil é andar sobre o aguçado fio de uma navalha; é árduo, dizem os sábios, é o caminho da Salvação."

W. Somerset Maugham


In: "O Fio da Navalha"W. Somerset Maugham, Edição Livros do Brasil, 1967, Tradução de Lígia Junqueira Smith

sábado, 7 de junho de 2014

Pássaro, Rubem Alves



"Um pássaro voando é um pássaro livre. Não serve para nada. Impossível manipulá-lo, usá-lo, controlá-lo. Pássaro inútil. E esse é, precisamente, o seu segredo: a sua inutilidade: ele está além das maquinações dos homens."

Rubem Alves

In: "O Mundo num grão de areia."

sexta-feira, 6 de junho de 2014

A morte da floresta, Dorothy Stang

Dorothy Stang


"A morte da floresta é o fim da nossa vida."
Dorothy Stang
Ativista ambiental

Dorothy Mae Stang conhecida como Irmã Dorothy foi uma freira norte-americana naturalizada brasileira.
Em 1966 iniciou seu ministério no Brasil, na cidade de Coroatá, no Estado do Maranhão. Irmã Dorothy estava presente na Amazônia desde a década de setenta junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da Transamazônia. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região. Atuou ativamente nos movimentos sociais no Pará.
A sua participação em projetos de desenvolvimento sustentável ultrapassou as fronteiras da pequena Vila de Sucupira, no município de Anapu, no Estado do Pará, a 500 quilômetros de Belém do Pará, ganhando reconhecimento nacional e internacional.
Ativista ambiental e da causa dos trabalhadores rurais. Foi assassinada  em Anapu (PA), em 12 de fevereiro de 2005, com seis tiros.
No cenário dos conflitos agrários no Brasil, seu nome associa-se aos de tantos outros homens, mulheres e crianças que morreram e ainda morrem sem ter seus direitos respeitados.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Estou lutando pela humanidade, Chico Mendes

Chico Mendes

“No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiros, depois pensei que estava lutando para salvar a floresta amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade”.
Chico Mendes
Vida dedicada em defesa do meio ambiente 

Dia Mundial do Meio Ambiente

Chico Mendes (Francisco Alves Mendes Filho) foi líder seringueiro, sindicalista e ativista ambiental.  Nasceu na cidade de Xapuri (estado do Acre) no dia 15 de dezembro de 1944. Trabalhou na região da Amazônia, desde criança, com seu pai, como seringueiro (produzindo borracha). 
Sob sua liderança, a partir de 1985 surge a "União dos Povos da Floresta", que busca unir interesses de índios e seringueiros em defesa da floresta amazônica, propondo a criação de reservas extrativistas com preservação das áreas indígenas e da própria floresta, garantindo ao mesmo tempo a reforma agrária desejada pelos seringueiros. Em 1987, Chico Mendes leva as denuncias sobre a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros ao Senado norte-americano e à reunião do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que ganham repercussão internacional. A partir de então os financiamentos internacionais aos projetos devastadores da floresta são suspensos, implantando-se as primeiras reservas extrativistas no Acre. Chico Mendes recebeu vários prêmios e reconhecimentos, nacionais e internacionais, como o prêmio "Global 500" oferecido pela ONU, em 1987, em defesa da ecologia. Ameaçado e perseguido por fazendeiros e políticos, acusado de prejudicar o "progresso" do Estado, Chico Mendes foi assassinado em 22/12/1988.
O ambientalista Chico Mendes é declarado Patrono do Meio Ambiente Brasileiro em 12/12/2013. (Lei 12.892/13).

http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2013/lei-12892-12-dezembro-2013-777679-publicacaooriginal-142308-pl.html

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