quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Gerencie a sua Saúde – Viva mais e Melhor



"Saúde não é tudo, porém sem ela o resto é nada". Com esta frase que nos solicita profunda reflexão, Schopenhauer amplia nossa percepção de forma profunda para o real significado do conceito de saúde. Embora a saúde seja somente um dos pressupostos para a felicidade, ela é o terreno, que, quando fértil permite o amplo desenvolvimento de outras condições auspiciosas em nossa existência. Na sua ausência, fica comprometida, restrita mesmo a possibilidade de uma vida plenamente feliz. Quando falamos em saúde, entendemos o seu alcance de maneira holística, como pontua a Organização Mundial da Saúde (OMS): o bem estar físico, mental, social e espiritual. Cada um destes é pólo fundamental para a vivência da saúde de maneira integral.
Sempre que um ciclo se encerra e outro inicia, como quando da virada de ano, renovam-se as esperanças e a motivação, refazem-se metas e planos e graças a esta renovada força de vida, novamente abre-se a possibilidade real da concretização de tudo aquilo que é sonhado.
Sendo assim, devemos agir prontamente, aproveitando o momento propício, sem deixar que o passar do tempo dilua todo o entusiasmo vivenciado nestes instantes. Lembremos que a palavra entusiasmo vem do grego “en - Theos”, que significa “Deus dentro de nós”. Quando vivemos entusiasticamente sentimo-nos plenos de vigor, alegria, motivação, prontos para qualquer tarefa, por mais difícil que possa parecer. Possamos sempre nos manter abertos à certeza de que Deus encontra-se dentro de cada um de nós e desta maneira viver cada dia.
A ótima notícia é que somos responsáveis em mais de 50% pelas condições de saúde que experienciamos. Antigamente morria-se muito mais cedo, geralmente por doenças infecto contagiosas, e devido às precárias condições de saneamento público. Embora estas condições ainda sejam reais em grande parte do planeta, o que se constata atualmente é que apesar do aumento do índice de longevidade, esta vem acompanhada das doenças crônico degenerativas que comprometem a saúde e qualidade de vida da população, gerando dependência e sofrimento físico, mental e espiritual nos doentes, em seus familiares e cuidadores, além de alto custo social.
O modelo médico atual, importado dos Estados Unidos, equivocadamente chamado de “Sistema de Cuidado da Saúde” se baseia em médicos e hospitais fazendo parte de um sistema basicamente “curativo”, (melhor dizendo, paliativo), e deveria ser chamado de “Sistema de Cuidado das Doenças”, pois é prioritariamente delas que se ocupa. É Inclusive comprovado por estudos e indicadores epidemiológicos que este modelo não atua na recuperação nem na manutenção do estado de saúde da população. Por incrível que pareça, ainda assim continua sendo o modelo vigente e amplamente aceito e seguido em todo o mundo.
Bastaria observar o alarmante índice de doenças crônico degenerativas nos Estados Unidos, a epidemia de obesidade, diabetes, câncer, doenças auto imunes e cardiovasculares, acometendo inclusive jovens e crianças, para suspeitar que existe algo errado neste modelo. Ele necessita ser imediatamente modificado para que os padrões de saúde possam voltar a se elevar no mundo todo. O foco em saúde deve mudar para a “Prevenção”, através da modificação dos hábitos e estilo de vida, além de uma imprescindível reavaliação de valores pessoais, sociais e familiares, deve ser amplamente divulgado através de campanhas educativas, e ser seguido em casa e nas escolas para atingir as crianças desde muito cedo. Lógico que o exemplo deve partir dos pais e educadores, pois este é o que vale, não palavras vazias. Que sentido faz sermos para nossos filhos e alunos modelos doentes, obesos, hipertensos, sedentários, acomodados, consumistas, estressados, irritados, ansiosos e depressivos, e ainda esperar que elas sejam diferentes deste exemplo? A responsabilidade é enorme, e certamente cada um de nós prestará contas pelo que faz da sua própria existência, além daqueles à quem influenciou. Segundo Isabel Allende, "Você é o contador de histórias de sua própria vida, e poderá ou não criar sua própria lenda." Se viveremos uma história de sucesso acrescentando algo positivo à humanidade, ou se desperdiçaremos nosso tempo e nossa vida seguindo falsos valores e ideais dependerá exclusivamente de nós mesmos, de nossas avaliações, escolhas, decisões e principalmente das nossas atitudes.
Existem algumas maneiras de atingirmos e mantermos a nossa saúde, e elas são diretamente correlacionadas aos domínios da qualidade de vida referidos pela OMS. Seguem princípios simples e bastante conhecidos, os quais requerem nada mais do que nosso comprometimento e pronta ação:
1- Saúde física: atividade física regular, contato com a natureza, ar fresco, luz solar (com os devidos cuidados relacionados ao horário e fotoproteção), sono saudável e tratamentos através de especialidades que abordem a saúde como um todo, a exemplo da homeopatia, acupuntura, ortomolecular dentre outras, além da alimentação balanceada, numa perspectiva mais ampla, de bons nutrientes, bons pensamentos, bons sentimentos.
2- Estado psicológico: sentir satisfação com a vida, buscar o equilíbrio e aprimorar a inteligência emocional, ampliar constantemente o autoconhecimento, com o apoio das terapias psicológicas, reavaliar sempre os valores que damos às coisas da vida, mudando continuamente a perspectiva e assim gerenciando melhor os níveis de solicitação do mundo e o stress por nós percebido. Auxilia enormemente se olharmos sempre o lado positivo de tudo, com senso de humor. Mantenha-se em movimento, sem deixar partes de si para trás, ressignificando as experiências negativas da vida em aprendizado. Esteja sempre conectado à sua missão pessoal, e crie projetos de vida que enriqueçam seu dia a dia.
3- Nível de independência: manter a independência pessoal é fator imprescindível para a saúde mental, já que a pessoa dependente gera um ônus físico e psíquico para si própria, seus cuidadores e para a sociedade.
4- Relacionamento social: as boas relações, amizades, grupos sociais e relacionamentos interpessoais enriquecem a existência, dão um sentido e sabor especial ao dia a dia, e devem ser valorizados.
5- Características ambientais: parece que esquecemos que somos todos habitantes do mesmo planeta. Nosso ecossistema vem sendo continuamente violentado e todos arcaremos com as conseqüências. A mudança deve começar com cada um de nós, em nossas casas, com a coleta seletiva de lixo, o cuidado com o consumo da água e energia, e devemos urgentemente repensar o consumismo voraz que aumenta a utilização das matérias primas, naturais, que são esgotáveis.
6- Padrão espiritual: por fim o mais importante, pois nos liga a algo maior do que todos nós, hierarquicamente possibilitando o entendimento de todos os níveis anteriormente citados, e traz um sentido para a vida, ampliando nossos valores. É o verdadeiro significado da palavra “religião”, que é o RE-LIGARE, nos reconectarmos com Deus.
Estas são tarefas a ser vivenciadas em cada dia de nossa existência, para que, do mesmo modo que uma planta carinhosamente regada e cuidada, gere frutos e flores.
Para encerrarmos, fiquemos com o pensamente de Goethe, que nos encoraja para a ação: "Não basta saber, é preciso aplicar o que se sabe; Não basta querer, é preciso agir".
Viva uma feliz existência, com muita saúde.

Dr. Roberto Debski
Médico especialista em homeopatia e acupuntura, psicólogo, trainer internacional em PNL

http://www.serintegral.com.br/

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