quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SEU CORPO, MUITO PRAZER!


Já pensou realizar suas atividades diárias no trabalho ou em casa gastando pouca energia corporal, com a mesma eficácia e se cansando menos? Conseguir perceber a forma como o seu corpo responde aos seus movimentos? Ou até conseguir determinar imediatamente o que está causando uma dorzinha na coluna, ou nas pernas, por exemplo, que começa a incomodar?

Estes são os principais benefícios da eutonia, uma prática corporal desenvolvida pela alemã Gerda Alexander, como método para atacar os efeitos de uma endocardite (inflamação no coração que causa dores e cansaço).

Segundo a professora Célia Faustino, o objetivo da eutonia é proporcionar uma visão mais integrada da pessoa e fazê-la responder ao estímulo do toque, aumentando sua percepção. Para isso, utiliza diversos exercícios de alongamento e materiais externos, como bolas de gás, tênis, bambu e castanhas, entre outros, que proporcionam maior conhecimento do corpo e desperta sensações internas, permitindo que a pessoa sinta no seu dia a dia.

"Geralmente as pessoas passam o tempo todo preocupadas com episódios desagradáveis do passado, ou remoendo o que supostamente acontecerá de ruim no futuro. Praticando Eutonia, ela aprende a viver o presente, focando-se no que está acontecendo naquele momento", explica a professora.

Isso também reflete na capacidade organizacional de cada um. Concentrando-se no presente e conhecendo sua necessidade, é fácil determinar as prioridades dentro da rotina e traçar o tempo certo para cada uma. 
Via de regra, os exercícios não têm movimentos pré-definidos e desenvolvem a sensibilidade nas pessoas de duas formas:



a superficial, que trabalha a percepção da pele e do tato; e a profunda, que compreende a relação do corpo com os ossos, ensinando, por exemplo, em qual deve se apoiar o peso na hora de sentar, pegar objetos etc.

"A partir do momento que a pessoa compreende e trabalha as duas vertentes, o que está entre eles também evolui, como a musculatura e o sistema circulatório", afirma Célia.

Além disso, conhecer o corpo é uma forma de aceitá-lo. A aluna Rosimeire Ferreira da Silva afirma que, desde que começou a frequentar o curso, entendeu que não adianta desejar um corpo diferente do seu. "Conhecendo-me, adquiri a noção de que nem sempre o que fica bom em outra mulher vai ficar bem em mim", compartilha.
A eutonia aplicada de várias formas
É possível trabalhar a sensibilização do corpo em conjunto com três áreas diferentes: pedagógica, terapêutica e musical. Segundo Célia, cada pessoa reagirá de acordo com aquilo que tem mais afinidade e não deve haver distinção. A troca de experiências é fundamental para que a pessoa afetada pela linha terapêutica compreenda quais os sentidos foram despertos nos artistas presentes.

Quem sofreu alguma alteração no corpo devido a uma cirurgia, por exemplo, também pode usar as aulas como terapia para descobrir tais mudanças e redescobrir o corpo nesta nova condição.
 
Já na sensibilização musical, ocorre o encontro entre o mundo corporal e a criatividade, proporcionando uma maior reflexão sobre a identidade cultural de cada pessoa. Uma oficina entre relação eutonia-música acontecerá de 25 de setembro até 11 de dezembro, no Sesc Santos, em parceria com o músico Márcio Barreto.

Palestra - Célia Faustino também ministrará terça-feira (17), às 20h, a palestra "A Importância do Toque", dando sequência ao ciclo de debates sobre eutonia e qualidade de vida, na Biblioteca Mário Faria (Posto 6 do jardim da praia, próximo à rua Alexandre Martins, Aparecida).

Serviço - Espaço de Consciência Corporal Célia Faustino
Rua Oswaldo Cochrane, 71 - sala 34 - Tel.: (13) 3227-3790 

Santos - SP


 http://www.jornaldaorla.com.br/noticias_integra.asp?cd_noticia=4481

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