sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

HORA DE COLOCAR A VIDA NO PRUMO


É sempre a mesma história. Chega a virada de ano e somos invadidos por uma onda de entusiasmo e boas intenções que nos deixa confiantes de que, finalmente, seremos capazes de promover pequenas ou grandes mudanças que vão melhorar nossas vidas. Parar de fumar, emagrecer, começar a se exercitar, mudar de emprego, iniciar um curso, resolver uma relação... Promessas de ano novo que, geralmente, não sobrevivem aos primeiros dias ou semanas. Mas o que leva a desistirmos, se desejamos tanto a transformação?

"Isto acontece por falta de um planejamento adequado, e por não conhecermos os mecanismos e estratégias que fazem com que consigamos efetivamente mudar comportamentos, capacidades, crenças, valores que nos impedem de atingir mudanças a médio e longo prazo", explica o médico e psicólogo Roberto Debski, da Clínica Ser Integral, trainer internacional em PNL (Programação Neurolinguística). A PNL estuda como criamos nossos pensamentos e sentimentos, estados emocionais e comportamentos, e nos mostra como podemos agir para prontamente direcionar e modificar estes padrões.

Roberto Debski conta que há um pressuposto na PNL que anuncia: "A energia flui para onde a atenção está". Ou seja, aquilo em que focalizamos nossa atenção será como um filtro e atrairá nossa energia. Se somente focalizarmos e percebermos o que é ruim, problemas, doenças, carências, isto é o que será ressaltado e o que vivenciamos. Já se nos conectarmos nas coisas boas, felicidade, amor, oportunidade, é nisto que "esbarraremos" em nossas vidas. E ainda achamos que tudo ocorre por acaso".

Há quatro componentes a serem observados para assumirmos o controle de nossas vidas:

Fisiologia - A postura corporal indica nosso estado de espírito. A mudança na fisiologia, com uma postura de mais energia e vitalidade, também afeta o emocional, diminuindo conseqüentemente os sintomas depressivos.

Linguagem -
A maneira como nos comunicamos, com os outros e conosco, gera diferenças cruciais nos nossos sentimentos, ações e resultados. Comunique-se cuidadosa e amorosamente. E lembre sempre que o futuro não tem relação com o passado.

Foco -
É onde colocamos nossa energia e nossa atenção e é o que determinará o que atrairemos. Buda disse: "O que somos é a conseqüência do que pensamos". Mas não adianta somente pensar positivo. Segundo Roberto Debski, a PNL ensina que devemos utilizar estratégias adequadas para atingir nossas metas, de maneira efetiva.

Crenças -
São princípios que nos orientam, quer tenhamos conhecimento delas ou não, e proporcionam significado e direção em nossas vidas. Elas são reveladas pelo que você faz, não pelo que diz. As crenças permitem e nos impulsionam para nossos objetivos quando são potencializadoras, ou nos bloqueiam e impedem quando são limitantes. São implantadas desde cedo, por nossos pais, familiares, professores, amigos etc. Com crenças orientadas fortes, podemos agir e criar o mundo no qual desejamos viver, pois elas nos ajudam a focar o que queremos e nos energizam para obtê-lo.

Viva o hoje
O médico e psicólogo lembra que as pessoas hoje vivem preocupadas, nervosas e ansiosas por problemas pelos quais estão passando, ou ainda nem passaram. "As pessoas estão se limitando pelo medo e negatividade, e fechando a porta para sua felicidade. Primeiro devemos saber que somos os únicos responsáveis pelo que sentimos e pela vida que levamos, como bem colocou Anais Nin: Não vemos as coisas como são, mas como nós somos. Assumir esta condição é fundamental para que possamos iniciar o processo de mudança. Quando experimentarmos paz interior e fé na vida, com a certeza de que estamos fazendo o melhor possível hoje, mesmo que tenhamos errado no passado, vivenciaremos uma radical transformação pessoal", orienta.

Roberto Debski recorre a um conhecido ditado tibetano para mostrar o quanto preocupação e ansiedade são inúteis: "Se o seu problema tem solução, então não há com o que se preocupar; se o seu problema não tem solução, qualquer preocupação será em vão". "São sentimentos que fazem com que nossas chances de resolver qualquer problema diminuam, pois nossa mente se mantém enevoada e fechada para vislumbrar quaisquer possibilidades e alternativas, limitando nossas ações, Certamente pouco ou nada de proveitoso resultará de tal estado de espírito", esclarece.

Segundo ele, devemos confiar mais em nós mesmos, pensando, falando e agindo congruentemente e da melhor maneira possível, para que estejamos certos de que hojer fizemos o melhor, o máximo dentro de nossas possibilidades. E se, mesmo assim, algo não ocorreu como esperávamos, com a consciência tranqüila saberemos que é porque então temos algo a aprender com esta vivência, uma lição que servirá para nos fortalecer para a vida".

Fonte: Jornal da Orla (Santos - SP)

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