quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Como eu te amo?, Elizabeth Barrett Browning

Daniel Gerhartz Painting

Como eu te amo? Deixa-me dizer.
Eu te amo em toda dimensão 
Que minha alma vê, e além da visão,
Pra lá dos confins da Graça e do Ser.
Eu te amo com o mais quieto querer
Diário, ao sol e na escuridão.
Te amo livre, como amo a Razão;
Te amo com pureza, sem Dever.
Te amo com a paixão já sem lugar,
Com a fé que em criança soube ter.
Te amo com o amor que pude dar
Aos meus santos, -- te amo com prazer
E dor, toda a vida! – se Deus deixar,
Eu te amarei mais depois de morrer.

Elizabeth Barrett Browning

Tradução Jorge Pontual

In: Sonetos portugueses nº 43, Elizabeth Barrett Browning


How Do I Love Thee? (Sonnet 43)

How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of being and ideal grace.
I love thee to the level of every day’s
Most quiet need, by sun and candle-light.
I love thee freely, as men strive for right.
I love thee purely, as they turn from praise.
I love thee with the passion put to use
In my old griefs, and with my childhood’s faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints. I love thee with the breath,
Smiles, tears, of all my life; and, if God choose,
I shall but love thee better after death.

Elizabeth Barrett Browning, 1806 - 1861




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